Armac se prepara para forte crescimento na mineração

26/06/2024
Crescimento já está acontecendo nos estados de Minas Gerais e Pará, que lideram a produção brasileira de minérios

 

A Armac, que é considerada referência nacional em prestação de serviços e locação de máquinas e equipamentos, pretende crescer fortemente na área de mineração. É o que afirma Luciano Rocha, vice-presidente comercial da empresa, que tem 25 anos de experiência na chamada “linha amarela” (equipamentos de grande porte para movimentação de terras e transporte), com passagens por empresas como CNH, Volvo e Komatsu, por exemplo.  

Aliás, segundo ele, o crescimento já está acontecendo nos estados de Minas Gerais e Pará, que lideram a produção brasileira de minérios. Em Minas Gerais, a empresa aumentou significativamente sua força de trabalho, com crescimentos expressivos em contratações nos últimos anos. Atualmente a Armac conta com mais de 1.300 colaboradores no estado, atuando no apoio a operações de mineração e outros segmentos como indústria sucroenergética, de alimentos, florestal e outros. Além disso, a empresa tem mais de 1 mil equipamentos em operações localizadas em mais de 90 cidades. Só nas operações de mineração, foi registrado um aumento de 80% no quadro de funcionários nos últimos 12 meses.

No Pará, a Armac ampliou sua atuação, principalmente nas localidades de Presidente Figueiredo (onde há operações de estanho e nióbio), Oriximiná (produção de bauxita) e Parauapebas (minério de ferro, cobre e níquel), com um aumento de 20% no apoio a operações de mineração desde setembro do ano passado, com a assinatura de novos contratos.  

Na entrevista a seguir, o VP Comercial da Armac detalha os planos da empresa para ampliar ainda mais sua atuação no setor de mineração, que apresenta perspectivas de forte crescimento, tendo em vista os investimentos que estão previstos para o setor. Confira:

BRASIL MINERAL – Qual é o histórico de atuação da Armac no segmento de mineração?

LUCIANO ROCHA - A Armac, hoje, é uma grande locadora de equipamentos e prestadora de serviços. É uma empresa que começou 30 anos atrás – em outubro deste ano completamos 30 anos de existência -- como uma empresa de terraplanagem, fundada pelo senhor José Aragão. Nós somos uma empresa nacional. Ele criou os filhos e os incluiu filhos na empresa por volta de 2013, quando foi iniciado o nosso caminho na prestação de serviços. Ou seja, a partir de 2013, nos tornamos grandes locadores de máquinas e passamos a atuar em diversos setores, não só em terraplanagem. Foi quando houve a proximidade com o setor de extração mineral. Em 2021, nós fizemos um IPO, abrimos o capital da empresa. Com a entrada desse capital para a nossa empresa, acabamos fazendo aquisição de algumas companhias. Além do IPO fizemos alguns M&As (sigla em inglês para fusões e aquisições), nos quais se inclui a Bell Engenharia, que atuava em Minas Gerais com a mineração, de uma forma bastante exclusiva, aliás. Junto com ela, vieram mais outros dois M&As, em outros setores. E desde então a empresa vem crescendo muito rapidamente no setor de mineração. Hoje, nós atuamos de forma bastante relevante na extração de minério: de minério de ferro, de nióbio, de minério de cobre, mas também atuamos com clientes que fazem mineração de fosfato para fertilizante e também de calcário para cimento. Então, hoje a Armac tem uma ampla atuação como prestador de serviços para o setor de extração mineral, em diversos estados do Brasil, desde Minas Gerais até o Pará, Goiás, Mato Grosso, Bahia, até mesmo Maranhão. Temos aí uma participação bastante ampla na extração mineral como prestador de serviço, que significa locação de máquinas, operação e manutenção dos equipamentos.  Também atuamos como movimentadores de material, na extração. Ou seja, atuamos na lavra, na movimentação de rejeitos, na manutenção de vias, no retaludamento de cavas de grande porte e na movimentação de material em geral, com equipamentos de médio porte.

Luciano Rocha, vice-presidente comercial da Armac.

BRASIL MINERAL – Nos serviços de lavra vocês contam com time próprio?

LUCIANO ROCHA - A Armac possui mais de 6.500 funcionários atuando no Brasil. Uma boa parte desses colaboradores estão dedicados à mineração, seja como operadores de máquinas e motoristas de caminhões ou mecânicos para fazer manutenção e reparação. Então, a nossa atuação pode ser contratada de diversas formas. Nós temos contratos de locação pura de equipamentos e faturamento mensal, fixo, e temos contratos por disponibilidade de equipamentos ou por movimentação em metros cúbicos, por exemplo. Isso vai depender muito da modalidade que o cliente nos contrata. Por exemplo, nós temos movimentação de rejeito em Goiás, onde nós entregamos uma disponibilidade física para o cliente e garantimos uma certa movimentação por mês desse rejeito. Nós temos lavra em Minas Gerais, onde também garantimos disponibilidade física dos equipamentos, uma garantia de produção mínima e o rendimento operacional também é contratado com esse grande minerador. Então, a nossa função é apoiar, em certa parte do processo de extração, a retirada, a movimentação e a entrega desse minério para produção.

BRASIL MINERAL - Do seu ponto de vista, quais são os principais diferenciais da Armac dentro do mercado, principalmente, em termos de mineração? O setor de mineração é muito espalhado no País e tem várias minas em locais remotos. Como vocês administram isso?

LUCIANO ROCHA - Um dos grandes diferenciais da Armac, e que se tem de uma forma bastante presente na mineração, é primeiramente que a mineração e a movimentação e extração de minérios é um segmento que requer uma mobilização de capital bastante intensa. O fato de sermos uma empresa de capital aberto e ter acesso a capital de uma forma bastante eficiente, nos permite acompanhar essa mobilização de capital e a necessidade dos clientes em termos de investimento. Este é um primeiro ponto. O segundo ponto é que a nossa escala, o fato de termos cerca de 10 mil ativos na nossa frota, nos permite uma agilidade muito grande na mobilização de equipamentos. Então, nós conseguimos em pouco tempo (60 dias, 90 dias), mobilizar uma quantidade muito grande de equipamentos em locais, por exemplo, como Carajás, com mais de 400 pessoas e mais de 150 equipamentos em prazo bastante curto, devido a essa nossa escala e a nossa capacidade e conhecimento também do mercado de equipamentos. Um terceiro diferencial é que nós somos uma empresa de movimentação de terra, movimentação de materiais, mas antes de tudo, nós somos uma empresa de manutenção de equipamentos. Então, os nossos equipamentos são mantidos diretamente por nossa equipe.

Nós possuímos, no Brasil, mais de mil mecânicos formados pela empresa, em sua grande maioria educados pela empresa, que nos representam e que conseguem manter o nosso equipamento rodando de uma forma bastante eficiente, estendendo a vida do equipamento e garantindo a disponibilidade para o nosso cliente também em mineração. E um quarto ponto: pelo fato de termos esses mecânicos e toda essa capacidade de mobilização, nós temos presença nacional. Ao contrário de um fabricante e seus distribuidores, por exemplo, nós atuamos de forma linear no Brasil inteiro. Então, se o meu cliente está em Minas Gerais e precisa de mim no Pará, eu tenho a mesma capacidade de atendimento. Hoje, se você olhar nos nossos grandes clientes, além de Minas Gerais, obviamente, que é o grande pólo de mineração no Brasil, nós temos equipes muito grandes, muito robustas instaladas em Carajá, mas também no Amazonas, em situações bastante remotas, de difícil acesso, e que conseguimos vencer com a nossa capacidade de entrega. Um fator que facilita bastante a nossa cobertura é que nós temos uma frota própria de caminhões-pranchas para carregar nossos equipamentos e entregá-los em qualquer local no País. E uma expertise em logística bastante interessante, como por exemplo, alguns casos que temos em Oriximiná, no Pará, ou Presidente Figueiredo, no Amazonas. São casos bastante marcantes, onde tivemos que mobilizar uma equipe bastante grande para chegar até a operação dos nossos clientes.

BRASIL MINERAL - Normalmente, na mineração, a gestão da operação, principalmente de lavra e beneficiamento, é feita por equipes da própria mineradora. Como é a integração da Armac como prestador de serviço, com as equipes de gestão das empresas dos clientes?

LUCIANO ROCHA - Primeiramente, pelo fato de estar operando com o setor de mineração há tanto tempo, nesse período de mais de 10 anos, a Armac foi evoluindo muito e hoje é uma empresa que consegue trabalhar muito alinhada com os valores de segurança da mineração. Em todos os nossos dimensionamentos de projeto, consideramos uma equipe de segurança, técnicos, engenheiros de segurança. Temos programas de qualidade e de segurança bastante disseminados em nossa equipe. E é assim que começamos o dia com nossos clientes de mineração, em todas as nossas operações. Normalmente, quem toma as decisões de lavra, se vamos operar numa determinada frente em um dia ou na outra frente no outro dia, é o nosso cliente. Mas em todos os nossos projetos de mineração possuímos equipes instaladas dentro da operação do nosso cliente, seja com mecânicos ou com mecânicos e operadores, encarregados e gestores daqueles contratos que conduzem o dia a dia com o nosso cliente. E, normalmente, nas proximidades da mina, instalamos um ponto de apoio, uma oficina, para fazer as manutenções e as reparações das máquinas, porque na grande maioria dos clientes não se pode fazer isso na lavra, então retiramos a máquina e temos um ponto de apoio instalado nas cidades ao redor do nosso cliente, da mina do nosso cliente. De uma forma resumida, é assim que atuamos. Quem conduz, realmente, é o cliente, mas acabamos nos integrando à equipe do nosso cliente.

BRASIL MINERAL - As mineradoras têm dado muita atenção também, à questão da gestão dos rejeitos. A Armac tem atuado nisso?

LUCIANO ROCHA - Normalmente, as mineradoras têm usado para o descomissionamento de barragens de alto risco operações não tripuladas, operações remotas e com equipamentos preparados para retirar da área o risco individual do operador ou até mesmo da manutenção. Hoje, as mineradoras têm preferido contratar as construtoras pelo conhecimento geotécnico, e através dessas construtoras a Armac vem sendo consultada para participar como locador de equipamento e compartilhar essa tecnologia e essa atuação no descomissionamento de barragens. Mas, hoje, a Armac não tem ainda nenhum equipamento trabalhando sobre uma barragem.

BRASIL MINERAL - Como está o posicionamento da Armac especificamente no mercado de mineração? Que percentual ela tem desse mercado?

LUCIANO ROCHA - Em termos de números de equipamentos, mobilização de gente, de pessoas, de máquinas, certamente a Armac está como primeiro ou  segundo fornecedor de serviços para o setor de mineração. A grande questão é o porte. A Armac ainda não atua em mineração de grande porte, com caminhões de 300 toneladas e escavadeiras de cabo e de grande tonelagem. Temos tem focado no equipamento de médio porte, que foi o DNA da empresa ao longo desses anos. Mas, sim, a Armac se posiciona como dos grandes fornecedores do setor de mineração e mobilização em número de máquinas, e de pessoas. E em termos de frota para o Brasil, em locação, certamente, nós somos o maior do país em máquinas amarelas.

 

BRASIL MINERAL - Existe hoje uma série de projetos novos de mineração, onde predominam minas de escala não muito grande, escala intermédia, e vida útil na faixa de 10 anos, principalmente projetos de ouro e agora de outros minerais chamados minerais estratégicos, como o litio, etc. Isto é uma oportunidade de crescimento para a Armac? Qual é a projeção de vocês para crescer no mercado no Brasil?

LUCIANO ROCHA - Minas de médio porte são muito aderentes com a nossa frota. São minas em que se pode operar com caminhões de 50 toneladas, caminhões 8 por 4, de 22 metros cúbicos, e requerem uma utilização muito intensa desses equipamentos, normalmente em três turnos e durante período muito curto.  Sim, estamos de olho nesse mercado, participamos desse mercado de forma bastante ativa e pretendemos, sim, continuar crescendo no setor de mineração. A Armac é uma empresa bastante horizontalizada, quando se fala em segmento. Nós estamos presentes não somente em mineração, mas, como eu mencionei, fertilizante, cimento, estamos em biomassa, em portos, infraestrutura, construção pesada. Mas nós acreditamos que ainda estamos longe de atingir o nosso máximo potencial em mineração. O nosso faturamento em mineração hoje é representativo dentro do faturamento total, mas acreditamos que ainda temos espaço para crescer. Eu acredito que podemos crescer de forma significativa nos próximos três anos, talvez até dobrando a nossa participação no setor. Nos últimos 12 meses, crescemos mais de 80% o número de pessoas que temos em mineração em Minas Gerais, por exemplo. Então, isso mostra uma tendência bastante positiva e objetiva no setor.

BRASIL MINERAL - Você acredita que dá para evoluir, em médio prazo, para operações de maior porte?

LUCIANO ROCHA - Equipamentos de maior porte, sim. Certamente, essa é uma necessidade. Existem muito poucos players no Brasil que conseguem atender esse porte de equipamentos, até mesmo porque é um equipamento em que se precisa estender a sua vida útil durante período muito longo e são poucos fornecedores. A depreciação do equipamento é muito grande e o mercado é muito pequeno, não se consegue vender o equipamento depois, ao contrário do porte de equipamentos em que atuamos hoje. Mas os clientes vêm nos provocando e estamos observando isso de uma forma bastante cuidadosa, justamente porque exige uma dedicação muito grande, número muito grande de pessoas, mobilização de capital ainda mais intensiva do que essa em que participamos. Mas sim, é um caminho que em algum momento quem quiser crescer em mineração e em locação de equipamentos no Brasil, vai ter que seguir. Então, nós acreditamos, sim, que esse é um caminho possível e provável para a Armac.

BRASIL MINERAL – Atualmente, os clientes estão muito empenhados, principalmente no setor de mineração, com descarbonização e práticas de ESG. E alguns estão passando também a exigir dos seus fornecedores essa atuação, tanto em termos de favorecer a descarbonização quanto de adoção das práticas ESG, para compatibilizar com os seus princípios de atuação. O que a Armac está fazendo nesse sentido?

LUCIANO ROCHA – Temos certeza de que essa é uma demanda que vai continuar existindo, sobretudo no setor de mineração, pelo impacto que causa nas localidades onde atuamos. Nós temos iniciativas de educação direta com nossos clientes, algumas bastante interessantes, como a Educarmac, onde educamos e treinamos as pessoas da comunidade local no entorno do nosso cliente para operarem nossas máquinas ou até mesmo para fazer manutenção e até para operar as máquinas dos nossos clientes, e se desenvolverem. O cuidado com a comunidade local é bastante positivo, além de práticas internas de formação de pessoas.

Em relação à descarbonização, o que nós fazemos, e não somente para o setor mineral, é estender a vida útil dos nossos equipamentos o máximo que pudermos, evitando desperdício de peças. Temos logística reversa de componentes, de peças para fazer o devido tratamento, além, obviamente, do cuidado com o meio ambiente, que é necessário em todo tipo de instalação, lavadores e tudo mais. Então, o que podemos mencionar -- e temos feito -- em termos de descarbonização, é: estender o prazo de utilização dos nossos equipamentos, logística reversa com nossos clientes, iniciativas de ESG, iniciativas também em parceria com os nossos fornecedores. Por exemplo, no Rio Grande do Sul, em conjunto com um dos nossos fornecedores, enviamos máquinas para apoiar a reconstrução. Enfim, estamos sempre atentos em apoiar as pessoas que constroem o nosso país no entorno onde atuamos.

Com relação a powertrain elétrico e utilização de tecnologias elétricas, nós ainda não estamos utilizando isso na nossa frota, porque a demanda que vem dos nossos clientes ainda não nos atingiu. Ou seja, os nossos clientes de mineração estão atuando diretamente com os fabricantes, testando e validando essa tecnologia e “primarizando”, inicialmente. Mas, em breve, acreditamos que, com essa tecnologia se estabilizando, a necessidade de terceirização deve vir junto também.

BRASIL MINERAL - Vocês estavam em negociação a um tempo atrás, com a empresa Terram. Isso evoluiu?

LUCIANO ROCHA - Sim. Há cerca de duas semanas, nós fechamos a parceria com a Terram, que é uma empresa de terraplanagem que cumpre 40 anos, ou seja, uma história bastante parecida com a da Armac, inclusive, e são empresas da mesma região. Nós adquirimos 65% das ações da Terram e estamos integrando com a nossa governança. Eles seguirão sendo empresas independentes, mas nós acreditamos que com isso a Terram nos dá a oportunidade de oferecer mais serviços, até mesmo para setores da mineração. A Terram possui, por exemplo, mais de 50 moto-scrapers e uma capacidade de movimentação de terra e terraplanagem muito grande. Então, em projetos como o retaludamento de uma mina grande, como nós temos em Carajás, ganhamos muita força quando trazemos uma empresa como a Terram para o nosso portfólio de oferta. Então, sim, eles já estão integrados. Guilherme Briguenti, que é o filho dos fundadores e que era diretor comercial da empresa, passa a ser o CEO, e eles passam a fazer parte da nossa governança. Estamos muito contentes com isso, inclusive.

BRASIL MINERAL - Existem marcas de equipamentos com que vocês trabalham preferencialmente ou vocês fazem equilíbrio? Como é que é a atuação e a relação da Armac como grande detentor de equipamentos? Como ela se relaciona nesse mercado de OEM?

LUCIANO ROCHA - A Armac é uma empresa, se é que posso dizer assim, agnóstica. Nós não temos uma marca preferencial hoje. Nós trabalhamos, sim, com parceiros de alto nível, temos marcas premium e equipamentos de qualidade dentro da nossa frota. Temos, sim, uma estratégia de preferências, claro, porque não dependemos da rede de distribuição dos fabricantes para manter os nossos equipamentos, já que não podemos esperar por serviço. Temos mais de mil mecânicos na nossa equipe, como já mencionamos. Isso faz com que um número muito grande de marcas traga uma complexidade desnecessária para nossa operação. Então, sim, temos preferências, mas não temos uma parceria única com nenhuma marca, nenhum fabricante. Temos, sim, relação com grandes fabricantes. Há pouco tempo, comemoramos, por exemplo, com a John Deere, mais de mil máquinas adquiridas deles nos últimos tempos e nos orgulhamos muito de ser o maior comprador de máquinas amarelas do Brasil. Investimos mais de 1 bilhão de reais por ano em compra de equipamentos. Então, sim, preferência temos, mas nenhuma marca exclusiva. Exclusividade, nenhuma.

BRASIL MINERAL - A Armac, diferentemente de outras empresas que atuam nesse segmento, é uma empresa de capital aberto, está em bolsa. O que isso implica em termos de diferencial? Evidentemente, há uma diferença em termos de governança, O que isso ajuda, no caso de clientes que também estão em bolsa?  

LUCIANO ROCHA - Acho que alguns diferenciais que nós temos, por ser uma empresa de capital aberto, além do acesso ao capital, obviamente, e de uma governança bastante diversa e profissionalizada, é a cultura da família, que continua prevalecendo. Ao contrário de outros concorrentes, de capital aberto ou não, que vieram de outros segmentos, a Armac surgiu na terraplanagem, operando e consertando as máquinas, fazendo manutenção nos equipamentos e garantindo a disponibilidade dos próprios equipamentos. Então, nós crescemos daí. E essa cultura é que permeia toda a organização. As nossas competências de DNA continuam prevalecendo. E elas se somaram de uma forma bastante interessante com essa governança, que traz o nível de profissionalismo, de compliance, de gestão diferenciada. E somado à sua cultura, o que acaba nos impulsionando é ser uma empresa que entende bem a dor do cliente, porque lá atrás nós fomos já o cliente. E a nossa gestão de frotas não é oportunista. Nós realmente aproveitamos o equipamento até o fim da vida útil, devido à nossa capacidade. Então, as vantagens de acesso a capital, governança, compliance, estão lá, mas eu diria que o nosso diferencial, realmente, é quando se soma isso com a cultura da empresa, da família e a cultura do segmento.

Por Francisco Alves