Vallourec usa tecnologia inovadora em planta de carvão vegetal

26/06/2024
O processo reduz o ciclo de transformação da matéria-prima de 16 dias para 16 horas

 

A Vallourec iniciou as operações, na sua unidade Florestal, em Pompéu (MG), da nova planta industrial para produção de carvão vegetal de origem das florestas renováveis de eucalipto - com tecnologia Carboval. O processo reduz o ciclo de transformação da matéria-prima de 16 dias para 16 horas, sem liberação de metano e com aproveitamento de cerca de 95% da energia contida na madeira. A empresa já implementou o primeiro reator Carboval na unidade Florestal da Vallourec, em Paraopeba (MG). Em junho deste ano, a Vallourec inaugura três novos reatores com um investimento na ordem de R$ 90 milhões. “A Carboval é uma tecnologia de carbonização contínua exclusiva e patenteada pela Vallourec. Ela tem grande potencial para revolucionar o setor de energia, contribuindo com os desafios de redução das emissões de gases de efeito estufa do Grupo”, afirma Bertrand Frischmann, diretor de Operações das Américas da Vallourec.

A tecnologia inovadora carboniza a madeira por meio de um reator vertical que a transforma em carvão vegetal. O reator Carboval substitui sete fornos de alvenaria e torna o processo mais automatizado, seguro e sustentável, além de permitir o aumento de produtividade. Em apenas 16 horas, cada reator é capaz de produzir até 22 toneladas de carvão vegetal, com qualidade muito superior quando comparado com fornos retangulares convencionais. Por exemplo, o teor de carbono fixo, que serve de fonte de energia para as reações químicas, pode chegar a níveis de 85%. Como fonte de carbono renovável e substituto ao petcoke, o potencial da Carboval vai muito além de seu uso em altos-fornos, incluindo aplicações na pelotização, sinterização e aciaria. “Os fornos de alvenaria chegaram ao limite tecnológico e de sustentabilidade. A Carboval utiliza, de maneira mais inteligente, a energia presente em cada árvore.  Além da tecnologia permitir utilizar todos os coprodutos da carbonização, há a alternativa de uso desses elementos para a cogeração de energia elétrica. Se forem acoplados a uma termoelétrica, dez reatores Carboval podem gerar energia elétrica capaz de abastecer cerca de duas mil residências e produzir um carvão com as especificações técnicas ideais para a siderurgia”, explica André Dezanet, Gerente Geral da unidade Florestal da Vallourec.

Resultante do processo da carbonização, a produção da Carboval também gera o bio-óleo, utilizado principalmente nas indústrias de combustíveis, química e alimentícia; e extrato pirolenhoso, usado na indústria agrícola como herbicida orgânico e para condicionamento do solo. “Atenderemos à demanda crescente por esses produtos, em um mercado em transformação, que busca alternativas sustentáveis para substituição de elementos de origem fóssil na trilha das reduções dos gases de efeito estufa”, afirma André Dezanet.