SGB lança Informe sobre depósitos de urânio no Brasil
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) lançou o “Informe de Recursos Minerais: Avaliação da Favorabilidade para Depósitos de Urânio no Brasil” e dividiu o território nacional em regiões geológicas, denominadas “geocompartimentos”. No levantamento, o SGB detalhou as ocorrências conhecidas de urânio e os 15 tipos de depósitos conhecidos foram agrupados em seis conjuntos de sistemas minerais. Com base no conhecimento de especialistas, foram elencados os principais elementos associados aos processos mineralizantes em termos de fonte, transporte e deposição do urânio para cada região geológica e grupo de sistemas.
Os geocompartimentos foram classificados conforme o potencial ou favorabilidade para hospedar mineralizações de urânio. O mapa destaca áreas com alta e muito alta favorabilidade, onde ocorrem dois ou mais sistemas minerais de urânio, como observado no depósito de Itataia, em Santa Quitéria (CE). O estudo tem como objetivo auxiliar na priorização de áreas para pesquisa mineral, reduzindo o risco exploratório, e ainda ampliar o conhecimento sobre o tema, subsidiando decisões do poder público e fomentando a indústria mineral brasileira.
As áreas mais favoráveis serão estudadas mais detalhadamente para identificar novos locais de prospecção, propor critérios para diferentes distritos e províncias minerais e estimar recursos não descobertos em áreas com mais informações. Os Informes de Recursos Minerais fazem parte do Programa Geologia, Mineração e Transformação Mineral e têm por objetivo sistematizar e divulgar os resultados das atividades e projetos desenvolvidos pela Diretoria de Geologia e Recursos Minerais do SGB, nos campos da geologia, economia mineral, metalogênese, prospecção e pesquisa mineral. O documento representa uma fonte de informações indispensável para apoiar a Política Nuclear Brasileira (PNB), que possui entre seus objetivos fomentar a pesquisa e a prospecção de minérios nucleares no País, além de incentivar a produção nacional e exportação dessa classe de substância, reforçando a posição do Brasil como protagonista na transição energética global.