SGB desenvolve pesquisa em Zona Costeira brasileira

15/09/2022
lguns estudos já estão em curso, como é o caso do Projeto Plataforma Rasa do Brasil, que avalia o potencial mineral de áreas rasas da plataforma do continente.

 

A Divisão de Geologia Marinha (DIGEOM) do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) desenvolve pesquisas relacionadas aos oceanos na Zona Costeira, na Plataforma Continental Jurídica Brasileira e em regiões oceânicas internacionais. O trabalho consiste em revelar as características químicas e físicas de rochas e sedimentos coletados em área oceânica; as especificidades como idade de origem; batimetria dos oceanos; recursos minerais, ambientais marinhos; e os processos de erosão costeira. As iniciativas são desenvolvidas pelo programa Oceanos, Zona Costeira e Antártida. 

A Geologia Marinha é ainda uma área pouco conhecida em razão da necessidade de altos investimentos em pesquisa e as dificuldades de investigação geradas pela natureza dos oceanos. Em abril de 2022, o SGB-CPRM inaugurou o primeiro Laboratório de Geologia Marinha (GeMar) em Recife (PE), com cinco mil amostras coletadas no leito marinho e na zona costeira. “As pesquisas são importantes para entender o potencial mineral das áreas estudadas pela Geologia Marinha e produzir conhecimento acerca da formação, composição e história do fundo do mar”, diz a diretora do DIGEOM, Luciana Pereira.  O laboratório agora analisa, trata e processa dados de geologia oceanográfica.

Além disso, o SGB-CPRM é parceiro da Marinha do Brasil na utilização de uma embarcação específica e equipada para investigar as áreas de interesse que podem contribuir com o desenvolvimento do setor mineral brasileiro, fomentando ainda mais o desenvolvimento socioeconômico regional. Alguns estudos já estão em curso, como é o caso do Projeto Plataforma Rasa do Brasil, que avalia o potencial mineral de áreas rasas da plataforma do continente - faixa submersa no litoral do continente - e zona costeira adjacente. Este projeto se desenvolve nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. 

Dentre outros projetos desenvolvidos estão o de Prospecção e Exploração de Depósitos de Fosforitas Marinhas na Plataforma Continental Jurídica Brasileira (PCJB), que colhe dados geofísicos e oceanográficos e coleta de amostras geológicas. O projeto atua com pesquisas de depósitos de fosforita na região da Plataforma de Florianópolis e no Terraço de Rio Grande e avalia os recursos minerais submarinos, as questões ambientais e o manejo e gestão integrada; o Projeto de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais na Elevação do Rio Grande (PROERG), responsável pelo mapeamento dos depósitos de Crostas Ferromanganesíferas, Ricas em Cobalto (CFRC) na Elevação do Rio Grande (ERG). A partir da pesquisa, são coletadas informações para descobrir a evolução geológica e paleoceanográfica. Os dados geológicos e geofísicos gerados subsidiam as submissões de extensão da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (PCJB) à Comissão dos Limites da ONU 

Outro projeto estudado é o de Prospecção e Exploração de Sulfetos Polimetálicos da Cordilheira Meso-Atlântica (PROCORDILHEIRA), que identifica localidades com presença de fontes hidrotermais próximas às regiões de espalhamento da crosta oceânica, em especial, sobre o eixo da dorsal mesoatlântica equatorial, e as falhas transformantes relacionadas. As fontes hidrotermais ligam-se a ocorrências de sulfetos polimetálicos maciços (SPMs), com teores importantes de zinco, chumbo e metais preciosos (ouro e platina). A fauna nessas fontes possui potencial biotecnológico para a farmacológica e cosmética. Maiores informações sobre a DIGEOM pelo link https://www.cprm.gov.br/publique/Geologia/Geologia-Marinha-27.

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