Paranapanema tem queda de 57% na receita líquida

22/03/2023
Prejuízo é atribuído ao baixo volume de vendas e ao ajuste de mercado de seus ativos

 

A Paranapanema registrou um prejuízo líquido de R$ 2,701 bilhões em 2022, o que é atribuído ao baixo volume de vendas e ao “ajuste de mercado de seus ativos, dentre os quais o direito creditório da exclusão do ICMS sobre a base do PIS/COFINS, que foi ajustado em R$ 466 milhões”. A receita líquida, no período, foi de R$ 2,006 bilhões, uma queda de 57% em relação a 2021, em função do baixo volume de produção e vendas. As receitas com cobre primário somaram R$ 839,4 milhões, 50% a menos do que foi faturado em 2021, quando as receitas desse item foram de R$ 1,489 bilhão. Já os produtos de cobre tiveram receita de R$ R$ 1,117 bilhão, contra um valor de R$ R$ 2,675 bilhões em 2021, o que significa uma queda de 58%. Já os coprodutos geraram um faturamento de apenas R$ 149,5 milhões, em comparação a R$ 550,1 milhões no ano anterior, portanto queda de 73%.

Recuperação judicial

A empresa protocolou, em 16 de fevereiro de 2023, o Plano de Recuperação Judicial (PRJ), que havia sido deferido pelo Juízo da 1a Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1ª. RAJ da cidade de São Paulo. De acordo com a empresa, o plano prevê vários meios de recuperação visando “reestabelecer seu equilíbrio econômico e retomar seu crescimento”. O PRJ, ainda conforme a empresa, inclui “novas condições de pagamento de seus credores, bem como a possibilidade de conversão de créditos em ações da Companhia, a possibilidade de venda de determinados ativos e condições especiais de pagamento para credores que continuem a fornecer bens e serviços”.

A Paranapanema também informa que não efetuou o pagamento da parcela semestral do Acordo Global com Credores em dezembro e não cumpriu com o que havia sido pactuado em 31 de dezembro de 2022. Em razão disso, teve seus vencimentos reclassificados para o Passivo de Curto Prazo no montante de R$ 2,250 bilhões. A Paranapanema também informa que continua negociando com seus credores do Acordo Global com o intuito de obter uma renúncia do que foi pactuado e um acordo de suspensão dos prazos enquanto discute com esses credores “novas condições para o equacionamento de seu passivo”.

Direto da Fonte