Brasil quer parceria com países industrializados

19/01/2024
O ministro defendeu um debate para equalizar e valorar a transição energética

 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou durante a plenária “Avançando com a Transição Energética” em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, que não há salvação para a economia fora da sustentabilidade. O ministro defendeu um debate transparente com o mundo, principalmente com os países industrializados, para equalizar e valorar a transição energética, e ressaltou a elaboração e execução de políticas públicas no Brasil visando o desenvolvimento econômico com frutos sociais e a preservação do planeta. “O Brasil está praticando as políticas públicas no sentido de valorizar a economia verde. Nós entendemos que fora da sustentabilidade não há salvação para a economia. Para isso, nós usamos todas as nossas potencialidades e os nossos investimentos. A transição energética já não é mais uma discussão ideológica ou uma discussão acadêmica. Todos são convergentes em entender a importância para a preservação do planeta, da transição energética. Mas ela tem um outro vetor claro, que é o vetor econômico, a nova economia da sociedade, que é a economia verde”, disse o ministro.

Silveira afirmou que é preciso encontrar mecanismos internacionais para dialogar com os países industrializados para alcançar um denominador comum que acelere a transição energética. “Ficou muito claro que temos que achar um instrumento que possa equalizar a questão da transição energética, já que nós vivemos todos em um único ecossistema. Não adianta um país avançar de forma mais contundente, de forma mais célere, se nós não tivermos uma ferramenta que possa valorar a questão da transição energética. E a ferramenta mais concreta que eu pude perceber é o crédito de carbono internacional. Se a gente puder onerar a emissão de CO2, nós vamos acelerar muito a transição energética e ela vai ser justa, inclusiva e mais célere no mundo”, disse o ministro.

Alexandre Silveira afirmou que o Brasil é um exemplo para o mundo na transição energética e um solo fértil para investimentos, já que o País tem 88% de sua matriz energética limpa e renovável e recebeu há pouco tempo investimentos em linhas de transmissão e programas de descarbonização da Amazônia e do setor de mobilidade, incentivando os biocombustíveis. Além disso, o ministro destacou que o Brasil possui estabilidade política, social e um ambiente regulatório estável, que respeita contratos. Por fim, reforçou que a transição energética também tem como objetivo combater as desigualdades. “O Brasil é um solo fértil para investimentos, e uma das formas da gente fazer com que essa transição seja justa é manufaturar as nossas riquezas e se reindustrializar, gerando emprego, renda e combatendo as desigualdades. Esse é o grande propósito das políticas públicas implementadas no Brasil sobre a liderança do presidente Lula”, finalizou.

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