Indústria do calcário investe em tecnologias limpas

27/05/2024
Sete plantas industriais já contam com produção própria do insumo, gerando energia suficiente para atender o equivalente ao consumo de duas mil casas.

 

O Sindicato das Indústrias de Extração de Calcário de Mato Grosso (Sinecal) afirma que o setor tem ampliado os investimentos em tecnologias e boas práticas ambientais. Por exemplo, no segmento de calcário agrícola, o estado tem visto a implantação de usinas de energia solar em expansão. Sete plantas industriais já contam com produção própria do insumo, gerando energia suficiente para atender o equivalente ao consumo de duas mil casas.

O Sinecal aponta uma capacidade instalada de geração de 10 MW, com 28 mil placas fotovoltaicas numa área total de 130 mil m². Os investimentos realizados pelas indústrias que já contam com essa tecnologia (cerca de 1/3 das associadas à entidade) somam o montante de R$ 40 milhões, sendo que a energia solar é a fonte de energia limpa que projeta Mato Grosso como o 5º maior Estado no ranking nacional de potência instalada. O parque solar mato-grossense corresponde a 1,7 mil MW, 6,1% da geração distribuída no País, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Atualmente, a energia fotovoltaica tem a segunda maior contribuição à matriz energética nacional (18%), atrás somente da fonte hídrica. “E, no que depender do setor industrial como um todo e da mineração de calcário, em específico, ainda há muito a crescer, destaca a presidente do Sinecal, Kassie Regina Riedi Queiroz. A presidente diz que em Mato Grosso, especialmente, a vantagem natural – alta incidência solar – e a atratividade mercadológica e ambiental formam o contexto ideal para que mais plantas industriais tenham esse suporte energético. “No plano dos negócios, temos a perspectiva de redução nos custos futuros de produção, a longo prazo, ao passo que o benefício ambiental já é usufruído por toda a sociedade”, afirma. Segundo dados da ABSOLAR e ANEEL, atualizado em meados de abril, mais de 47 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) deixaram de ser emitidas na atmosfera, no Brasil, graças à geração e uso da energia fotovoltaica.