Exportações crescem 42% em março

14/04/2023
Exportações crescem 42% em março de 2023

 

Segundo números do Ministério da Economia, Secex, as exportações de sucata ferrosa somaram 71.399 toneladas em março de 2023, um crescimento de 42% sobre o mesmo mês do último ano (50.217 toneladas). Na comparação com fevereiro deste ano, as vendas externas aumentaram 20% sobre as 59.368 toneladas de fevereiro.

No primeiro trimestre deste ano, as exportações já alcançaram 168.659 toneladas, um incremento de 40% em comparação a janeiro a março de 2022, com 120.612 toneladas. “As incertezas econômicas, com a paralisação de montadoras de veículos e dificuldades em outros setores da indústria, como da construção civil -- potenciais consumidores de aço --, vêm mantendo o mercado interno de vendas de sucatas desanimador”, disse Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa).

Atualmente, as exportações enfrentam mais um problema, que são os preços pouco atrativos. Pesquisa semanal da S&P Global Platts, agência americana especializada em fornecer preços-referência e benchmarkets para o mercado de commodities, “houve queda de cerca de R$ 50 por tonelada nos valores de exportação”, conforme informou uma fonte. O preço de venda da sucata HMS 1/2, um tipo bastante consumido, ficou em US$ 291 por tonelada FOB, e o de sucata triturada, US$ 330 tonelada FOB, na primeira semana deste mês de abril. Além disso, a taxa de câmbio, que passou de R$ 5,29/US$ 1 em 23 de março para R$ 5,07/US$ 1 em 3 de abril, reduziu a margem financeira para as exportações, conforme a S&P Global Platts.

Outro problema no mercado interno é que um novo método de compra de sucatas ferrosas na base, por parte de algumas usinas siderúrgicas, com preços artificiais na aquisição de materiais de baixa qualidade e altos índices de impurezas, possam estar favorecendo empresas sem licenças ambientais e que sonegam tributos em detrimento de outras que cumprem com suas obrigações. “As empresas legalizadas há décadas são comprometidas com o desenvolvimento da siderurgia de nosso País, adotando os critérios ESG”, diz Alvarenga. Enquanto isso, empresas irregulares vão ao sentido contrário, com prejuízos ambientais ao País, afirma.

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