Prysmian começa a usar cobre ecológico na fabricação de cabos

25/09/2023
O Grupo desenvolveu um processo de homologação da matéria-prima

 

O Grupo Prysmian decidiu incorporar o cobre ecológico na fabricação de cabos elétricos em suas plantas industriais no Brasil e mostrar o alinhamento da empresa à condução da transição energética. A medida consiste em utilizar cobre reciclado em parte de seus produtos.

O Grupo desenvolveu um processo de homologação da matéria-prima, com o objetivo de afastar qualquer estigma em relação a práticas de mercado que sempre colocaram em risco a qualidade e a idoneidade dos cabos elétricos que utilizam cobre reciclado. A Prysmian garante que o cobre reciclado não afeta a qualidade e a eficiência dos produtos da empresa, mas simboliza uma necessária mudança de perspectiva sobre a utilização do cobre não reciclado.

Assim como o petróleo, elementos como cobre, alumínio e níquel, são recursos naturais finitos. Uma pesquisa da consultoria Wood Mackenzie estima que, além do que já é produzido atualmente, serão necessárias mais 90 milhões de toneladas de cobre para atender à demanda dos próximos 20 anos. Ainda segundo a Wood Mackenzie, a mineração emite de 2,3 a 2,5 toneladas de carbono por tonelada de metal, enquanto a fundição acrescenta outra 1,65 tonelada. A reciclagem do cobre, por outro lado, pode diminuir as emissões relacionadas à sua fabricação em até 65%.

A reutilização do cobre também é a maneira mais eficaz de atender à demanda por eletrificação das próximas décadas, puxada, sobretudo, pela massificação dos carros elétricos, das instalações de energia renovável (solar e eólica, principalmente), e a conexão delas às linhas de transmissão e distribuição. O uso de cobre ecológico não é a primeira iniciativa sustentável da Prysmian. Nos últimos meses, a empresa lançou produtos inovadores como o P-Laser, o primeiro cabo de energia de alta performance construído pelo Grupo totalmente com materiais reciclados, e o Ecoslim, cabo óptico feito com 50% menos plástico virgem em sua composição, além do Afumex Green Iristech, que utiliza plástico de origem vegetal em parte de sua isolação.

Em 2022, a Prysmian reduziu em 24% as emissões de Escopo 1 e 2 em comparação ao ano de 2019, estabelecendo o caminho para atingir a meta de net zero (zero líquido) até 2035. As emissões de Escopo 3 caíram 7% no mesmo período e a meta é atingir o net zero neste escopo até 2050. O Grupo se comprometeu com uma despesa de capital (Capex) de 100 milhões de euros entre 2021 e 2030 exclusivamente para atingir estas metas estabelecidas em seu plano climático, cujas bases foram aprovadas pela iniciativa Science Based Targets (SBTi).

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