Conflitos e ocorrências crescem e atingem quase 690 mil pessoas

12/12/2023
No último ano foram registrados conflitos em 792 localidades (+22,9%) e 932 ocorrências (840 ocorrências em 2021)

 

O Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração acaba de publicar o Relatório Anual - Conflitos da Mineração no Brasil 2022 e o Relatório dos Conflitos da Mineração, documentos publicados desde 2021. No último ano foram registrados conflitos em 792 localidades (+22,9%) e 932 ocorrências (840 ocorrências em 2021), envolvendo ao menos 688.573 pessoas.

Desde 2020, o Observatório dos Conflitos da Mineração no Brasil já identificou 1.723 localidades em conflito, com 39,2% dos casos concentrados em Minas Gerais e 12,1% no Pará. Do total de casos, 38,2% correspondem a conflitos com “mineradora internacional”, seguido de outras “mineradoras” (27,4%) e garimpeiro” (20,1%). A extração ilegal, correspondente à soma de “garimpeiro” e “mineradora ilegal”, representa 27,9% das ocorrências em localidades em conflito nos últimos três anos. Enquanto, as categorias sociais de “atingidos” e mais afetados, desde 2020, são “trabalhadores” (11,7%), “indígenas” (10,9%) e “pequenos proprietários rurais” (10,9%).

Dentre os biomas brasileiros, o que mais registrou incidentes por causa da mineração foi a Mata Atlântica, com 45,9%, seguido pela Amazônia (30,8%), Caatinga (11,8%) e Cerrado (10,0%). Em 2022, ao menos 155.983 indígenas estavam envolvidos em 141 ocorrências de conflitos, dos quais 55% delas com garimpeiros. Os quilombolas sofreram em 35 conflitos e 40 ocorrências, englobando quase 50 mil pessoas. Os grupos sociais mais afetados pela mineração foram: “Indígenas” (15,1%), “Trabalhadores” (12,1%); “População urbana” (9,7%) e “Pequenos proprietários rurais” (8,3%). De 2020 a 2022, houve um crescimento de 29,6% das ocorrências nessa categoria, com desta que em 2021, quando os indígenas passaram a ocupar a primeira posição, frente aos intensos ataques sofridos, especialmente, pelos Yanomamis ao longo do ano, que ocasionou a morte de oito indígenas, entre elas duas crianças, além de conflitos que deram relatos de violência sexual e física. As ocorrências envolvendo populações tradicionais somaram 268, abrangendo ao menos 236.447 pessoas, sendo 155.983 Indígenas e 49.268 Quilombolas.

O estudocompleto pode ser conferido em http://emdefesadosterritorios.org/wp-content/uploads/2023/12/Conflitos-da-Minerac%CC%A7a%CC%83o-no-Brasil-2022_FINAL-1.pdf.

O Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração acaba de publicar o Relatório Anual - Conflitos da Mineração no Brasil 2022 e o Relatório dos Conflitos da Mineração, documentos publicados desde 2021. No último ano foram registrados conflitos em 792 localidades (+22,9%) e 932 ocorrências (840 ocorrências em 2021), envolvendo ao menos 688.573 pessoas.

Desde 2020, o Observatório dos Conflitos da Mineração no Brasil já identificou 1.723 localidades em conflito, com 39,2% dos casos concentrados em Minas Gerais e 12,1% no Pará. Do total de casos, 38,2% correspondem a conflitos com “mineradora internacional”, seguido de outras “mineradoras” (27,4%) e garimpeiro” (20,1%). A extração ilegal, correspondente à soma de “garimpeiro” e “mineradora ilegal”, representa 27,9% das ocorrências em localidades em conflito nos últimos três anos. Enquanto, as categorias sociais de “atingidos” e mais afetados, desde 2020, são “trabalhadores” (11,7%), “indígenas” (10,9%) e “pequenos proprietários rurais” (10,9%).

Dentre os biomas brasileiros, o que mais registrou incidentes por causa da mineração foi a Mata Atlântica, com 45,9%, seguido pela Amazônia (30,8%), Caatinga (11,8%) e Cerrado (10,0%). Em 2022, ao menos 155.983 indígenas estavam envolvidos em 141 ocorrências de conflitos, dos quais 55% delas com garimpeiros. Os quilombolas sofreram em 35 conflitos e 40 ocorrências, englobando quase 50 mil pessoas. Os grupos sociais mais afetados pela mineração foram: “Indígenas” (15,1%), “Trabalhadores” (12,1%); “População urbana” (9,7%) e “Pequenos proprietários rurais” (8,3%). De 2020 a 2022, houve um crescimento de 29,6% das ocorrências nessa categoria, com desta que em 2021, quando os indígenas passaram a ocupar a primeira posição, frente aos intensos ataques sofridos, especialmente, pelos Yanomamis ao longo do ano, que ocasionou a morte de oito indígenas, entre elas duas crianças, além de conflitos que deram relatos de violência sexual e física. As ocorrências envolvendo populações tradicionais somaram 268, abrangendo ao menos 236.447 pessoas, sendo 155.983 Indígenas e 49.268 Quilombolas.

O estudocompleto pode ser conferido em http://emdefesadosterritorios.org/wp-content/uploads/2023/12/Conflitos-da-Minerac%CC%A7a%CC%83o-no-Brasil-2022_FINAL-1.pdf.

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