Vale Base Metals pretende fazer IPO dentro de 3 ou 4 anos

10/10/2023
A prioridade atual da Vale Base Metals é executar seus projetos e crescer mais rapidamente, disse Eduardo Bartolomeo.
Unidade de metais básicos em Salobo

 

A Vale não está buscando novos parceiros para sua unidade de Metais Básicos após uma recente venda de capital, mas poderia considerar um IPO da unidade dentro de três ou quatro anos, após o crescimento da produção, disse o CEO Eduardo Bartolomeo durante o Financial Times Mining Summit, em Londres esta semana.

A prioridade da Vale Metais Básicos agora é executar seus projetos e crescer mais rapidamente, disse Bartolomeo.

“Em três anos poderemos ser percebidos pelo mercado: agora temos que executar”, disse o CEO. "O minério de ferro e os metais básicos têm apresentado desempenho insatisfatório... temos projetos em andamento."

A Vale no segundo trimestre aumentou a produção de minério de ferro e cobre, embora a produção de níquel tenha caído, principalmente devido à manutenção. A empresa informou em julho que espera produzir entre 310 e 320 milhões de toneladas de minério de ferro este ano, 335 mil a 370 mil toneladas de cobre e 160 mil a 175 mil toneladas de níquel.

A unidade de metais básicos pode valer entre US$ 20 e 25 bilhões, indicou Bartolomeo.

A Vale vendeu um total de 13% de sua unidade de metais básicos no final de julho para a Mining Company Ma'aden da Arábia Saudita, o Fundo de Investimento Público do Reino e a empresa de investimentos Engine No. 1, com sede nos EUA, descrita por Bartolomeo como uma "ativista ESG".

Os concorrentes podem agora estar olhando para oportunidades de fusões e aquisições em mineração e metais, mas a Vale não precisa disso devido aos seus enormes ativos de minas de metais básicos existentes no Brasil e no Canadá, bem como aos seus ativos únicos de minério de ferro de alta qualidade em Brasil, disse o presidente da Vale em sessão no evento.

Os ativos de minério de ferro serão usados ​​para ajudar a diversificar as atividades da Vale nos chamados "mega-hubs" a serem localizados no Oriente Médio, Brasil e potencialmente na América do Norte para produzir matérias-primas siderúrgicas de baixo carbono para ajudar na descarbonização da indústria siderúrgica.

Entretanto, o fornecimento de energia é fundamental para a descarbonização e o Médio Oriente, o Golfo do México e o Brasil podem ser considerados as áreas onde a energia é mais competitiva, disse o CEO.

A elevada proporção de energia renovável do Brasil na sua produção global de electricidade (mais de 80%) dá-lhe potencial para ser "perturbador" nesta área, de acordo com Bartolomeo. Quando o país começar a colocar em operação várias instalações planejadas de produção de hidrogênio verde, isso deverá "quebrar a noz", disse ele. (com informações da S&P)