Produção de minério de ferro cresce 38% no trimestre

04/05/2023
A CSN produziu 8.939 mil toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2023

 

A CSN produziu 8.939 mil toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 38% em relação ao 1T22 e uma redução de 4% em relação ao 4T22, em linha com a sazonalidade do período. Além disso, é válido ressaltar que após passar pelo período mais crítico de chuvas sem maiores problemas no processo produtivo, a CSN manteve o seu guidance de produção e compras para 2023, estipulado em um intervalo de 39-41 milhões de toneladas. O volume de vendas atingiu 8.618 mil toneladas até março, um desempenho 24,3% superior ao 1T22 e 11,4% inferior em relação ao 4T22. Além da sazonalidade, as vendas do 1T23 também foram limitadas por problemas operacionais de escoamento pela via férrea e pela queda nas vendas para o mercado interno.

A CSN registrou receita líquida de R$ 11.319 milhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 1,7% quando comparado com o último trimestre do ano passado. Esse desempenho é resultado dos melhores preços realizados no setor de mineração, em linha com a alta do Platts e com a sólida atividade comercial observada no período. Tais fatores compensaram a dinâmica mais fraca observada no mercado siderúrgico doméstico no início de ano e a menor rentabilidade no segmento de cimentos. O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 8.073 milhões até março, uma alta de 2,9% em relação ao trimestre anterior, como resultado, principalmente, dos maiores volumes na siderurgia e no cimento. A combinação de aumento de receita com pequena pressão de custos resultou em uma margem bruta praticamente estável no trimestre, atingindo 28,7% entre janeiro e março deste ano.

As despesas com vendas, gerais e administrativas alcançaram R$ 1,020 bilhão no trimestre, 16% inferior ao registrado no quarto trimestre de 2022, como consequência do menor volume comercializado na mineração, gerando uma menor despesa com fretes, além do maior controle orçamentário realizado pela Companhia. O grupo de outras receitas e despesas operacionais foi negativo em R$ 1.655 milhões, como resultado, principalmente, das operações de hedge de minério de ferro (R$ 568 milhões) realizadas no período e do hedge accounting de fluxo de caixa (R$ 362 milhões).  No primeiro trimestre, a CSN teve resultado financeiro negativo em R$ 1.190 milhões, o que representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior, como consequência da manutenção do custo da dívida e menor impacto das ações da Usiminas. No trimestre, a CSN registrou prejuízo líquido de R$ 823 milhões, revertendo o lucro observado no trimestre anterior, como resultado de impactos não recorrentes, como o hedge de minério e o hedge accounting de câmbio, sem impacto de caixa.

O EBITDA ajustado atingiu R$ 3.203 milhões, com uma margem EBITDA ajustada de 27,5% ou 0,5 p.p. acima da registrada no trimestre passado. O aumento de rentabilidade é consequência direta da melhora dos resultados de mineração que mesmo com um menor volume de vendas, acabou por apresentar um EBITDA maior em razão dos preços realizados, compensando a dinâmica mais fraca observada nos segmentos siderúrgico e cimentícios.

No final de março de 2023, a dívida líquida consolidada atingiu R$ 30.158 milhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM alcançando 2,5x. Esse aumento temporário da alavancagem é consequência da saída da base de cálculo dos fortes resultados do início de 2022 em razão dos efeitos da guerra na Ucrânia. Quando se observa as perspectivas de resultados e geração de caixa para 2023, inclusive com a normalização das condições do capital de giro, espera-se uma redução gradual da alavancagem para dentro da meta estabelecida pela CSN, o que reforça o efeito transitório e excepcional dessa alavancagem acima do teto. Adicionalmente, a CSN manteve a sua política de carregar um caixa elevado, que neste trimestre atingiu o patamar de R$ 14,3 bilhões.

Na siderurgia, a CSN produziu 748 mil toneladas de placas no trimestre, um desempenho 22% inferior em relação ao trimestre anterior. Por sua vez, a produção de laminados planos atingiu 702 mil t, uma retração de 20% em relação ao 4T22, refletindo a sazonalidade e paradas não programadas para manutenção, que limitaram os volumes durante o trimestre. As vendas totais atingiram 1.033 mil toneladas no primeiro trimestre de 2023, 2% superior ao registrado no 4T22.

 

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