Indústria investirá R$ 52,5 bilhões em cinco anos

15/09/2022
Montante se soma a R$ 158,7 bilhões investidos pela indústria do aço, de 2008 a 2021.

 

O compromisso da indústria siderúrgica em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa no curto e médio prazo demanda garantia de suprimento de gás natural a tarifas competitivas e maior oferta de sucata no mercado interno. Além disso, há a necessidade de financiamento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias disruptivas, como o uso de hidrogênio e captura e estocagem de carbono. A indústria do aço investiu, de 2008 a 2021, R$ 158,7 bilhões e irá investir mais R$ 52,5 bilhões nos próximos cinco anos, o que demonstra a confiança no mercado doméstico brasileiro, apesar dos fatores que ainda afetam a competividade da indústria nacional. 

Estes foram os pontos principais contidos na Carta do Congresso Aço Brasil 2022, divulgada pelo Instituto Aço Brasil. No documento, a indústria siderúrgica solicita urgente abertura comercial, com a redução do Custo Brasil, para evitar a transferência da geração de empregos e renda para outros países, além da aprovação de uma reforma tributária ampla e o destravamento dos projetos de infraestrutura para promover o crescimento econômico sustentado do Brasil. “PIB e consumo de aço andam juntos e são indissociáveis”, afirma o IABr. 

Na carta, o IABr diz que a disruptura de cadeias produtivas mostrou a interdependência entre os países para suprimentos de diferentes insumos e produtos e que reshoring tem ganhado relevância para reduzir tal dependência de outros países e fortalecer as cadeias de produção nacionais e regionais. 

Na indústria siderúrgica, em especial, o cenário atual é agravado pelo excesso de capacidade de produção de aço no mundo, da ordem de 518 milhões de toneladas, que tem provocado práticas predatórias de comércio e, em consequência, adoção de medidas de defesa comercial em vários países, além do crescimento da agenda ESG, que já influencia decisões de investimento e o valor das empresas.

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