Como captar mais recursos para a mineração?

20/09/2022
O painel teve a moderação do sócio do Caputo Bastos e Serra Advogados, Frederico Bedran Oliveira. 

 

O Painel “Invest Mining – A rede de investimentos para projetos de mineração” realizado na última semana durante a Exposibram 2022 debateu quais as condições necessárias para fomentar o financiamento e a captação de recursos para a atividade minerária no Brasil. O painel teve a moderação do sócio do Caputo Bastos e Serra Advogados, Frederico Bedran Oliveira. 

Marcos André Gonçalves, presidente do Conselho Superior da ADIMB - Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro, ressaltou que, apesar do Brasil ter poucos instrumentos de financiamentos, projetos bem estruturados têm mais possibilidade de conseguir investimentos. “Pode até demorar, mas os investimentos vão aparecer”. Gonçalves avaliou que a grande dificuldade de quaisquer projetos de pesquisa no Brasil atualmente é que ainda é um investimento que envolve risco. “O investidor vai olhar se esse projeto está organizado, se tem auditoria dos big four - grupo das quatro maiores auditorias do mundo: Deloitte, KPMG, EY e PwC – histórico e avaliação entre pares, que são condições essenciais para se atrair investidores”.

Coordenado pela ADIMB, dentro da Rede Invest Mining, o Hub de projetos tem buscado criar uma carteira de bons projetos em fase de pesquisa mineral capaz de atrair o interesse de investidores. “A iniciativa do Invest Mining é um êxito pela quantidade de projetos que a chamada pública recebeu. Apesar da falta de instrumentos para financiamento disponíveis e de projetos estruturados numa etapa inicial, o setor tem boas perspectivas, pois está à procura de iniciativas que criem novos mecanismos de investimento, pulverizando risco entre diversos mecanismos. E isso vai ao encontro dos objetivos da Invest Mining,” disse. 

Gonçalves comentou que determinados projetos precisam avançar em requisitos mínimos para captação de recursos. “No caso do Hub de Projetos sob a responsabilidade da Adimb na Invest Mining, ficou claro que projetos existem: em um curto espaço de tempo recebemos 33 propostas, mas ainda faltam projetos bem formatados, e isso é um critério muito importante. O que falta são projetos bem estruturados,” frisou Gonçalves. Segundo ele, para que o Brasil possa ter um ambiente favorável para investimentos é necessária à criação de mecanismos de financiamento, além de trâmites regulatórios mais ágeis, no que diz respeito a licenças ambientais equacionadas, dando previsibilidade para quem deseja investir.

Miguel Nery, coordenador da Invest Mining, afirmou que o capital deixou de ser especulativo e as empresas que atuam no setor de mineração no Brasil estão mais fortes e maduras. “Há interesse dos investidores internacionais em construir projetos no curto prazo.  No entanto, é necessário criar novos instrumentos de financiamento para o setor, para viabilizar vários projetos que podem contribuir para a diversificação da produção mineral do país,” disse. A Invest Mining defende a criação de uma cultura de investimentos em mineração no país, como a de incentivo à pesquisa mineral via mercado de capitais, com a criação no Brasil de uma Bolsa de valores de capital de risco na Mineração, a exemplo do Canadá, que há décadas usa esse instrumento para financiar seus projetos. O próximo passo, segundo Nery, será promover encontros entre investidores e empresas listadas na carteira da Rede.  Estão previstos encontros em outubro, no Rio de Janeiro, em novembro, em São Paulo, além de Ouro Preto, durante o SIMEXMIN 2022. 

Flávio Moraes da Mota, chefe de Departamento de Indústrias de Base e Extrativa do BNDES, concordou com Gonçalves e destacou que o BNDES tem longa trajetória em financiar projetos de mineração no País e apresentou as principais linhas de financiamento da instituição voltadas para o setor de mineração. “O BNDES quer viabilizar soluções para adicionar novos investimentos para o desenvolvimento sustentável do setor mineral brasileiro. Para isso possui linhas de crédito para aquisição de equipamentos, recuperação de áreas degradadas, atividades de inovação para apoiar projetos de implantação, expansão, modernização de unidade de beneficiamento”.

O Painel “Invest Mining – A rede de investimentos para projetos de mineração” realizado na última semana durante a Exposibram 2022 debateu quais as condições necessárias para fomentar o financiamento e a captação de recursos para a atividade minerária no Brasil. O painel teve a moderação do sócio do Caputo Bastos e Serra Advogados, Frederico Bedran Oliveira. 

Marcos André Gonçalves, presidente do Conselho Superior da ADIMB - Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro, ressaltou que, apesar do Brasil ter poucos instrumentos de financiamentos, projetos bem estruturados têm mais possibilidade de conseguir investimentos. “Pode até demorar, mas os investimentos vão aparecer”. Gonçalves avaliou que a grande dificuldade de quaisquer projetos de pesquisa no Brasil atualmente é que ainda é um investimento que envolve risco. “O investidor vai olhar se esse projeto está organizado, se tem auditoria dos big four - grupo das quatro maiores auditorias do mundo: Deloitte, KPMG, EY e PwC – histórico e avaliação entre pares, que são condições essenciais para se atrair investidores”.

Coordenado pela ADIMB, dentro da Rede Invest Mining, o Hub de projetos tem buscado criar uma carteira de bons projetos em fase de pesquisa mineral capaz de atrair o interesse de investidores. “A iniciativa do Invest Mining é um êxito pela quantidade de projetos que a chamada pública recebeu. Apesar da falta de instrumentos para financiamento disponíveis e de projetos estruturados numa etapa inicial, o setor tem boas perspectivas, pois está à procura de iniciativas que criem novos mecanismos de investimento, pulverizando risco entre diversos mecanismos. E isso vai ao encontro dos objetivos da Invest Mining,” disse. 

Gonçalves comentou que determinados projetos precisam avançar em requisitos mínimos para captação de recursos. “No caso do Hub de Projetos sob a responsabilidade da Adimb na Invest Mining, ficou claro que projetos existem: em um curto espaço de tempo recebemos 33 propostas, mas ainda faltam projetos bem formatados, e isso é um critério muito importante. O que falta são projetos bem estruturados,” frisou Gonçalves. Segundo ele, para que o Brasil possa ter um ambiente favorável para investimentos é necessária à criação de mecanismos de financiamento, além de trâmites regulatórios mais ágeis, no que diz respeito a licenças ambientais equacionadas, dando previsibilidade para quem deseja investir.

Miguel Nery, coordenador da Invest Mining, afirmou que o capital deixou de ser especulativo e as empresas que atuam no setor de mineração no Brasil estão mais fortes e maduras. “Há interesse dos investidores internacionais em construir projetos no curto prazo.  No entanto, é necessário criar novos instrumentos de financiamento para o setor, para viabilizar vários projetos que podem contribuir para a diversificação da produção mineral do país,” disse. A Invest Mining defende a criação de uma cultura de investimentos em mineração no país, como a de incentivo à pesquisa mineral via mercado de capitais, com a criação no Brasil de uma Bolsa de valores de capital de risco na Mineração, a exemplo do Canadá, que há décadas usa esse instrumento para financiar seus projetos. O próximo passo, segundo Nery, será promover encontros entre investidores e empresas listadas na carteira da Rede.  Estão previstos encontros em outubro, no Rio de Janeiro, em novembro, em São Paulo, além de Ouro Preto, durante o SIMEXMIN 2022. 

Flávio Moraes da Mota, chefe de Departamento de Indústrias de Base e Extrativa do BNDES, concordou com Gonçalves e destacou que o BNDES tem longa trajetória em financiar projetos de mineração no País e apresentou as principais linhas de financiamento da instituição voltadas para o setor de mineração. “O BNDES quer viabilizar soluções para adicionar novos investimentos para o desenvolvimento sustentável do setor mineral brasileiro. Para isso possui linhas de crédito para aquisição de equipamentos, recuperação de áreas degradadas, atividades de inovação para apoiar projetos de implantação, expansão, modernização de unidade de beneficiamento”.

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