A BHP divulgou que a Vale deve compartilhar a responsabilidade sobre o acidente da barragem de Fundão, em 2015, caso a empresa perca ação coletiva no Reino Unido. Embora a Samarco, joint venture entre a BHP e a Vale, operasse a barragem, a ação coletiva envolvendo cerca de 200 mil pessoas não menciona a Vale. 

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), liberou grandes quantidades de resíduos tóxicos da mina, destruindo aldeias, matando 19 pessoas e poluindo centenas de quilômetros de rios. A BHP disse que continuará a defender os processos ingleses, que acredita serem desnecessários porque duplicam questões já cobertas pelo trabalho existente e em andamento da Fundação Renova e processos judiciais no Brasil. “A BHP Brasil continua comprometida em continuar trabalhando com a Samarco e a Vale para apoiar os esforços locais de remediação no Brasil por meio da Fundação Renova. Esses esforços já forneceram aproximadamente US$ 2,3 bilhões em compensação e ajuda financeira direta em relação ao rompimento da barragem para 388.000 pessoas até 30 de junho de 2022”, disse a mineradora no comunicado.

A Vale disse que seus assessores jurídicos analisarão cuidadosamente os detalhes da ação e fornecerão sua resposta em tempo hábil. “No entanto, a Vale não aceita que esteja sujeita à jurisdição do tribunal inglês e pretende contestar essa jurisdição, bem como a alegada responsabilidade em conexão com a UK Action”, disse a Vale em um comunicado à imprensa. A Samarco retomou as atividades, em 2020, cinco anos após o acidente.