Tecnologia indica o teor total em Ubu

06/11/2022
O novo método de análise de ferro consiste em utilizar um instrumento chamado Titulador Potenciométrico.

 

Especialistas e técnicos do Grupo de Trabalho vinculado ao Comitê Brasileiro de Minério de Ferro desenvolveram tecnologia inédita para determinação do teor de ferro total em minérios de ferro. O laboratório químico fica no complexo de Ubu (ES), da Samarco, e foi um dos locais utilizados para o processo de desenvolvimento da proposta de norma técnica. A mineradora doou ainda equipamentos para as experimentações. 

A Samarco participa dos comitês brasileiros de normalização do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), para a criação de normas da Organização Internacional para Padronização (ISO) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e integra o grupo que desenvolveu o método de análise de ferro por Titulação Potenciométrica desde 2013. “O eletrodo é o componente principal do Titulador Potenciométrico, é responsável direto pelas medições potenciométricas e precisão dos resultados. Utilizamos o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) da Samarco para fazer as avaliações no eletrodo e diagnosticar o problema. Descobrimos que o eletrodo estava sofrendo oxidação pela ação do ácido fosfórico, provocando sua perda de sensibilidade”, disse Anderson Pedruzzi, analista de processo da Samarco. 

Pedruzzi sugeriu a exclusão do reagente no método e os resultados dos testes demonstraram a eficácia da retirada do ácido fosfórico para a manutenção da performance do eletrodo”, diz Anderson. A confirmação do método era entender o motivo da perda de sensibilidade de eletrodos. Os procedimentos adotados para alcançar o êxito da técnica levaram nove anos de pesquisa.

O novo método de análise de ferro consiste em utilizar um instrumento chamado Titulador Potenciométrico, que reduz significativamente a interferência humana nas análises e garante resultados mais precisos e exatos, além de ganhos relacionados à redução do uso de produtos químicos e custos analíticos. “A utilização de uma tecnologia que prevê mais precisão e exatidão dos resultados vai ao encontro do que todos buscam. Além disso, podemos considerar ganhos com a produtividade, devido à operação automatizada do equipamento”. As próximas etapas do GT serão determinar os dados de precisão do método e formalizar a proposta de normalização do método junto à ABNT e ISO, comenta o gerente de Engenharia de Processo, Automação e Instrumentação, da Samarco, Thiago Marchezi.