Um novo estudo de opinião pública global realizado pela GlobeScan, em colaboração com o InfluenceMap, mostra que os investidores de varejo apoiam que os fundos de investimento estejam mais envolvidos na resposta às alterações climáticas, bem como na proteção da natureza e da vida selvagem e na resolução da desigualdade econômica. O apoio público é particularmente forte para fundos de investimento que incentivam os governos a agir sobre as alterações climáticas, seguidos de financiamento de empresas que promovem energias mais limpas.

A pesquisa, realizada com quase 5.000 investidores de varejo (definidos como aqueles que possuem e investem em ações, títulos, fundos ou que participam de planos de pensões ou aposentadorias de empresas ou governos) em dez países e territórios (Austrália, Canadá, França, Alemanha, Hong Kong , Itália, Japão, Singapura, Reino Unido e EUA) foi realizado em julho e agosto de 2023 e mostra que os investidores de varejo nos dez mercados pesquisados ​​expressam níveis igualmente elevados de apoio aos fundos de investimento que se tornam mais ativos no espaço climático.

Os investidores na Alemanha são particularmente propensos a apoiar fortemente os fundos de investimento que desempenham um papel ativo na resposta às alterações climáticas, enquanto o apoio é um pouco mais fraco nos mercados asiáticos inquiridos (Hong Kong, Japão e Singapura).

Quarenta e quatro por cento dos investidores de varejo apoiam fortemente os fundos de investimento que defendem que os governos atuem sobre as alterações climáticas, com outros 43 por cento apoiando-os de alguma forma.

Mais de quatro em cada dez investidores de varejo (42%) também apoiam fortemente os fundos de investimento no financiamento de empresas que promovem energias mais limpas.

Quase quatro em cada dez (39%) também apoiam fortemente os fundos de investimento, incentivando proativamente as empresas em que investem a agir sobre as alterações climáticas, com outros 48% dando seu apoio de alguma forma.  

Além disso, 38% por cento dos investidores de varejo também apoiam fortemente os fundos de investimento para evitarem investir em empresas que contribuem significativamente para as alterações climáticas, com outros 43% apoiando de alguma forma.  

Há também um apoio relativamente forte entre os investidores de varejo aos fundos de investimento para fornecer informações sobre o impacto dos investimentos na natureza e na vida selvagem (38% apoiam fortemente, 49% apoiam de alguma forma), sobre a desigualdade econômica (37% apoiam fortemente, 50% apoiam de alguma forma) e sobre as alterações climáticas (30% apoiam fortemente, 56% apoiam parcialmente).

“A pesquisa da GlobeScan mostra a extensão da exigência dos investidores de varejo por ações climáticas ambiciosas por parte dos seus gestores de fundos e pensões. Isto contrasta fortemente com as conclusões do InfluenceMap de que os 45 maiores gestores de ativos do mundo estão investindo quase três vezes mais ativos em empresas de combustíveis fósseis do que em empresas verdes, enquanto a proporção de gestores com uma administração ambiciosa de empresas investidas caiu quase para metade desde 2021. Estes gestores de ativos, embora detenham uma influência significativa sobre a política financeira sustentável, não estão empenhados em apoiá-la, nem nos EUA nem na UE. Na verdade, 86% das empresas de gestão de fundos que foram avalados são membros de associações industriais que se opõem estrategicamente à política financeira sustentável em nível mundial. Se estes gestores de fundos pretendem satisfazer as expectativas dos seus clientes investidores de varejo, é hora de combinarem as suas declarações com ações ambiciosas em matéria de clima”, disse Daan Van Acker, gerente de programa da InfluenceMap.

“Não está sendo dada atenção suficiente às esperanças, valores e expectativas dos pequenos investidores, proprietários de tantos ativos em todo o mundo. Esta pesquisa mostra a oportunidade para os gestores de ativos serem muito mais responsivos à sua base de investidores e mudarem as suas estratégias de investimento para investimentos mais inclusivos, de baixo carbono, positivos para a natureza”, afirmou Chris Coulter, CEO da GlobeScan.