Demanda de quase R$ 20 bilhões para projetos

25/08/2022
Foi o que afirmou Daniella Marques Consentino, presidente da Caixa Econômica Federal, durante o Congresso Aço Brasil, realizado em São Paulo.

 

“A Caixa hoje tem 53 projetos na carteira, que juntos contratam R$ 19 bilhões de investimento, mas temos trabalhado para aprofundar essa atuação. A intenção é que esse número se transforme em 400 projetos, 28 mil empreendimentos e R$ 195 bilhões em investimento, sendo de R$ 17 a 20 bilhões em demanda de aço”. Foi o que afirmou Daniella Marques Consentino, presidente da Caixa Econômica Federal, durante o Congresso Aço Brasil, realizado em São Paulo. A intenção, segundo ele, é transformar o Brasil em um polo de semicondutores.

Marcos Faraco, Conselheiro do Instituto Aço Brasil, disse que que há um grande desafio em destravar o consumo de aço per capita no País, o que fica mais evidente quando é feita uma comparação com os dados equivalentes na China, no Chile ou no México. “A resposta que procuramos para destravar a demanda per capita de aço está na construção, no setor automotivo e também na indústria de equipamentos, que hoje representam 80% da demanda de aço no Brasil”. 

Já o Almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, comentou que o Governo trabalha em um plano estratégico para o Brasil, contemplando o longo prazo. “A política nacional de longo prazo é composta de 69 objetivos nacionais. Enquanto isso, inauguramos a agenda nacional estratégica, que deverá ser publicada muito em breve. O aço está presente em metade dos objetivos dessa agenda, assim como também das diretrizes nacionais estratégicas. Isso mostra a importância do setor para o nosso país”, disse, destacando que, até 2050, estão previstas 30 milhões de habitações novas, que podem ser feitas a partir da construção em aço. 

Para Alexandre Ywata, secretário Especial de Produtividade e Competitividade, a importância da indústria do aço para o crescimento do País, em especial quando se contempla os projetos em estudo em todos os setores econômicos. “Hoje temos R$ 370 bilhões de investimentos em projetos em estado avançado de estudo. Temos um dever de casa grande pela frente. Entendemos que o papel do aço é fundamental como motor de toda essa produção”.

Para finalizar, Armando Monteiro lamentou a perda de impulso da economia brasileira, principalmente da indústria, desde a década de 1980, mas vê caminhos para uma reconquista de espaço. “Há múltiplos fatores associados a isso, mas é possível identificar um quadro de estagnação da produtividade. Há um papel importantíssimo a ser assumido pela liderança empresarial e oportunidades que a sociedade deve apontar, para a criação de novas estratégias, aliando o setor público e privado de forma a acertar rumos e, de alguma maneira, moldar os governos. O primeiro dia de evento recebeu mais de 780 participantes.