Congresso debate indústria e sustentabilidade

01/10/2021
Documento traz posicionamento sobre a necessidade da adoção de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

 

O 1º painel do Congresso Aço Brasil no dia 29 de setembro, no formato online, debateu a indústria do aço e a sustentabilidade, com a participação do jornalista e ex-deputado, Fernando Gabeira, moderando os participantes, como o Sócio da Dynamo V. C. Administradora de Recursos Ltda., Fernando Pires, da Diretora de Assuntos Institucionais do Instituto Aço Brasil, Cristina Yuan, do Conselheiro do Instituto Aço Brasil e Presidente da ArcelorMittal Brasil / CEO ArcelorMittal Aços Planos América do Sul, Benjamin Baptista, e da Conselheira do Instituto Aço Brasil e presidente do Conselho da AVB, Silvia Nascimento. Durante o painel, o IABr lançou o position paper da indústria do aço sobre mudanças climáticas.

O documento traz o posicionamento do instituto e suas associadas sobre a necessidade da adoção de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa (GEE). O documento afirma que a indústria do aço contribui com cerca de 4% do total das emissões de GEE no Brasil, conforme a 4ª Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC. Apesar do índice considerado baixo, o Aço Brasil entende que deva contribuir na mitigação de GEE. Nesse contexto, o documento cita medidas de apoio diante dos cenários para redução das emissões de GEE na indústria do aço. O documento completo está disponível no site do Aço Brasil. O position paper do setor sobre o tema pode ser conferido no www.acobrasil.org.br/site/publicacao/posicionamento-mudancas-climaticas

Fernando Pires destacou que o mundo se encontra em um momento de enrascada ambiental. “Estamos em uma situação de emergência climática, com a necessidade de um urgente plano de ação”, e o aço é um produto essencial para a vida das pessoas e para o bem estar das sociedades, sendo fundamental para a economia de baixo carbono. “O aço está em todo lugar. Ele tem esse efeito multiplicador na economia. Tem dimensão estratégica,  associada ainda a questões geopolíticas e de segurança nacional. Digo isso porque o aço para uma economia verde, de baixo carbono, tem grande relevância, justamente por estar em boa parte dos equipamentos que utilizamos em nosso dia a dia”, pontuou Fernando. O executivo concluiu que a descarbonizarão da indústria passa por diversos vetores e que no caso da indústria do aço um caminho pode ser um olhar mais forte para a sucata. “Outro aspecto importante é o papel dos governos, subsidiando as novas tecnologias e tentando manter equilíbrio na competitividade.”, finalizou.

Para Cristina Yuan, Diretora de Assuntos Institucionais do Instituto Aço Brasil, o desempenho ambiental das empresas terá cada vez mais impacto no desempenho econômico. “Cada um deve determinar a melhor forma para alcançar as metas ao melhor custo possível.”, afirmou. Cristina abordou também que o setor do aço - apesar dos 4% - continuará a se esforçar para diminuir as emissões. “Mas não podemos esquecer os outros 96% e também da participação dos outros países nesse sentido. O esforço precisa ser global, alcançando todas as fontes de emissões”. 

“Para que o aço continue sendo um indutor de desenvolvimento da sociedade, a sua produção precisa evoluir. É necessário compreendermos as mudanças na sociedade e as demandas ambientais e sociais precisam ser observadas”, comentou o Presidente da ArcelorMittal Brasil / CEO ArcelorMittal Aços Planos América do Sul, Benjamin Baptista. O executivo da ArcelorMittal Brasil disse:  “A questão não é se devemos mudar de economia linear para circular de baixo carbono. Isso já ocorre. O ponto é que para acelerar, politicas públicas são necessárias. Temos que dialogar para que tais políticas ocorram”. Silvia Nascimento fechou a primeira jornada de apresentações do evento e destacou que a AVB já nasceu com o compromisso da sustentabilidade. “Batizamos como Aço Verde do Brasil porque planejamos a empresa desde o primeiro momento, em 2008, para ser carbono neutro. Equipamentos precisaram ser desenvolvidos, inclusive, partindo de premissas claras e definidas como a utilização 100% via rota carvão vegetal.” Silvia ainda pontuou que a empresa é a primeira do mundo a produzir aço sem utilização de combustíveis fósseis e que investimentos contínuos são feitos em reflorestamento. “Vamos nos transformar em breve na primeira usina siderúrgica do mundo livre de pátio de resíduos”, destaca. 

Lançado Relatório de Sustentabilidade 

O Instituto Aço Brasil (IABr) lançoum no mesmo dia, a 12ª edição do Relatório de Sustentabilidade do setor. A publicação engloba os anos entre 2018 e 2020 nos pilares social, ambiental e econômico. 

O instituto afirma que mesmo em um cenário adverso, procura editar e divulgar os dados referentes às ações de sustentabilidade da indústria brasileira do aço. O Relatório de Sustentabilidade pode ser acessado pelo www.acobrasil.org.br/sustentabilidade.