Segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), a produção de aço bruto atingiu 23,9 milhões de toneladas até setembro, o que representa uma queda de 8,4% quando comparado ao mesmo período de 2022. As vendas internas somaram 14,8 milhões de toneladas, 5,4% inferior na mesma base de comparação.

Já as importações alcançaram 3,7 milhões de toneladas e cresceram 57,9% nos nove primeiros meses de 2023, enquanto as exportações caíram 4,4%, para 8,9 milhões de toneladas até setembro. O consumo aparente subiu 0,5%, para 18 milhões de toneladas.

O aumento das importações, em especial de origem chinesa – que responde por 56% do total no ano –, preocupa a indústria siderúrgica brasileira que defende, junto ao Governo, elevação emergencial e transitória da alíquota de importação de 18 itens siderúrgicos, para 25%. Trata-se do mesmo patamar já em vigor nos Estados Unidos, no Reino Unido, em 27 países da União Europeia e no México. Atualmente, a alíquota majoritária no Brasil é de 9,6%

Na variação mensal, ante agosto, a produção de aço caiu 7%, para 2,5 milhões de toneladas; as vendas internas subiram 0,5%, para 1,7 milhões de toneladas; o consumo aparente (vendas mais importações por distribuidores e consumidores) subiu 5,4%, para 2,2 milhões de toneladas, resultado da elevação das importações em 10,8%, com 549 mil toneladas. As exportações caíram 9,8%, para 853 mil toneladas.

O Índice de Confiança da Indústria do Aço, calculado pelo Aço Brasil, fechou em 35,3 pontos em outubro, queda de 2,4 pontos em relação a setembro. É o 12º mês seguido em que o índice se encontra abaixo da faixa de 50 pontos, o que aponta falta de confiança dos CEOs da indústria do aço, aproximando-se de patamares verificados no ápice da pandemia de Covid-19.