Como viabilizar investimentos para as médias e pequenas mineradoras?

25/05/2022
Apesar de sua importância, o Brasil entre 2007 e 2008 tinha aproximadamente 120 empresas estrangeiras atuando, e hoje são 35 companhias de capital internacional.

 

No segundo dia do 7º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração, que se realiza em Goiânia até o dia 26 de maio, juntamente com a Brasmin – Feira da Indústria da Mineração, Miguel Cedraz Nery, do Invest Mining, abriu os trabalhos do painel “Como atrair investidores para médios e pequenos empreendimentos minerais”, salientando que existe hoje um conjunto de empresas públicas e privadas que dão suporte à Rede Colaborativa para Financiamento da Mineração, que tem como objetivo o financiamento da atividade, visando o fomento de ações que resultem num melhor ambiente de negócios, através da atração de investimentos e expansão do setor, com aumento no número de empresas mineradoras. 

O Invest Mining atua em quatro frentes de trabalho: aprimoramento da regulação, mecanismos de financiamento, ASG & Mineração e Hub de projetos, que no próximo dia 30, fará a 1ª chamada para projetos que estão em fase de captação de recursos para promover sua aproximação com possíveis investidores e financistas. Nessa chamada, as empresas deverão preencher um formulário descrevendo as características dos projetos, para abrir os diálogos com os investidores interessados.

Luís Maurício Azevedo, presidente da ABPM e também moderador do painel, destacou que no Brasil normalmente se desenvolve um projeto mineral om o objetivo de vendê-lo a um fundo estrangeiro, que aqui se instala para desenvolver o ativo – “apesar de sua importância no cenário mineral, o Brasil entre 2007 e 2008 tinha aproximadamente 120 empresas estrangeiras atuando em seu território. Há 10 anos passou a 70 empresas e hoje são 35 companhias de capital internacional”.

Mauro Barros, da Ore Investments, salientou a disposição da empresa em investir em mineração – “já recebemos mais de 400 oportunidades”. A Ore Investments surgiu da expertise familiar com o setor de mineração, que identificou a dificuldade que os projetos brasileiros tinham (e ainda têm) de levantar dinheiro – “o mercado financeiro brasileiro só enxergava as grandes mineradoras, mas nunca as médias e pequenas empresas como oportunidade de investimento”. Depois de muito trabalho, a empresa conquistou seu primeiro fundo de investimentos (Espectra) e daí em diante as portas se abriram. Atualmente a Ore Investments tem pouco de R$ 300 milhões sob gestão, “o que para um universo de fundo de investimentos é pouco, mas se fizermos um portfólio de investimentos diversificados em estágio inicial de pequenas operações que possam gerar um caixa em até 24 meses, essa quantia pode se tornar bastante interessante”. A Ore Investments já realizou três investimentos até o momento – um de cobre, um de ouro e um de grafita. 

Luís Pablo Diaz, da Big River Gold, lembrou que a palavra “risco” está ligada a todo tipo de atividade. Para que um projeto de exploração ou de expansão mineral tenha sucesso, é preciso seguir algumas etapas – a primeira é o trabalho de engenharia que identifica os problemas técnicos, apontando soluções; o segundo desafio é o investimento para a execução do projeto – “a diferença é que as instituições do exterior têm maior ‘apetite’ pela mineração e seus riscos técnicos”. As apresentações da parte da manhã do 7º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração, realizadas dia 25 de maio, podem ser assistidas em nosso canal no YouTube:

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