O setor de siderurgia pretende investir R$ 52,5 bilhões até 2026 - em modernização e aumento de produtividade. Foi o que anunciou Marcos Faraco, que presidiu o Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil nos últimos dois anos, durante a abertura do Congresso Aço Brasil 2022. “Asseguramos que continuaremos investindo para que o país siga crescendo”, disse ele, acrescentando que o setor siderúrgico foi resiliente nos últimos dois anos, referindo-se aos desafios enfrentados, como a pandemia que reduziu em mais de 70% a demanda por produtos provenientes da indústria do aço e o efeito negativo das restrições de circulação na China e a guerra Rússia x Ucrânia, com impactos sentidos, em sua avaliação, não apenas no Brasil, mas em todas as economias do planeta. “A indústria do aço permaneceu firme, mantendo um forte relacionamento com todos os setores da economia, principalmente o da construção civil”, argumentou o dirigente.
A cerimônia de abertura do Congresso Aço Brasil 2022 ocorreu na terça-feira, 23 de agosto, em São Paulo, e contou com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro. Durante o evento, Marcos Faraco, que também é Vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Argentina e Uruguai, passou a presidência do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil para Jefferson De Paula, Presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração LATAM. Já Sérgio Leite de Andrade, Conselheiro do Aço Brasil e Presidente do Board da Usiminas, assumiu o cargo de Vice-Presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil (2022 -- 2024). “É uma satisfação voltar ao Congresso Aço Brasil. Um dos grandes indicadores do desenvolvimento de uma nação é o consumo de aço do país, então o trabalho exercido pelo Instituto Aço Brasil é de fundamental importância”, afirmou Bolsonaro.
O Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, também participou da abertura e explicou que o Governo tem incentivado o caminho para uma economia verde, com menos emissões de poluentes até 2050. “Entre os nossos propósitos estão a triplicação da geração de energia solar e eólica. Portanto, nossa atuação junto ao Instituto Aço Brasil pretende auxiliar o país a produzir energia cada vez mais limpa.”
Ainda participaram da cerimônia de abertura o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Ex-Ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, membros do Governo, dirigentes do setor do aço e especialistas também estiverem presentes.
Segundo Jefferson De Paula, o Instituto Aço Brasil manterá a defesa de um crescimento econômico do Brasil em bases sustentáveis, visando a melhoria da competitividade da indústria e um ambiente de negócios sadio, com regras estáveis, e onde o setor do aço seja reconhecido por sua importância como indutor do desenvolvimento sustentável em sua longa cadeia produtiva. “Nos próximos dois anos, vamos redobrar nossos esforços para redução do custo Brasil, desafio que passa prioritariamente pela aprovação de uma reforma tributária que acabe com a cumulatividade dos impostos, estabeleça o equilíbrio das cargas tributárias intersetoriais e desonere investimentos e exportações. Vamos trabalhar pela correção das demais assimetrias de forma a assegurar a competitividade sistêmica e global da indústria brasileira do aço”, disse.
De Paula defende também a retomada de uma agenda de reindustrialização e investimentos em infraestrutura, com base na ampliação da oferta de aço para obras em energia, rodovias, ferrovias, portos, saneamento e habitação. “Também estaremos à frente da agenda ESG, reafirmando nosso compromisso em contribuir para uma economia circular e com a redução das emissões de gases de efeito estufa. E aprofundaremos os esforços na promoção de ações sociais e diversidade e inclusão, que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira”, disse.
