A Ferbasa produziu 309,8 mil toneladas de ferroligas em 2021, crescimento de 4,5% na comparação com o ano anterior, e com avanço de 6,2% para as ligas de cromo e de 0,8% para as ligas de silício. No quarto trimestre de 2021, a produção caiu 3,5% em comparação ao terceiro trimestre. Vale informar que uma parcela das ferroligas produzidas é consumida internamente, como insumo nas demais cadeias produtivas.
As vendas somaram 272,1 mil toneladas de ferroligas, patamar próximo ao de 2020 e resultado influenciado pelo incremento de 42,3% nas vendas para o mercado interno, e pela retração de 28,1% nos volumes destinados ao mercado externo, o que ratificou a capacidade da Ferbasa em adaptar seu mix de comercialização de acordo com os movimentos mercadológicos. As quantidades totais vendidas no último trimestre de 2021 recuaram 19,9% em relação ao trimestre anterior.
A receita líquida totalizou R$ 2.389,5 milhões, um acréscimo de 47,3% quando comparado a 2020. Esse resultado decorreu, basicamente, da alta de 44,7% no preço médio, em dólar, das ferroligas e da valorização de 5,1% no dólar médio praticado. Já o Ebitda ajustado atingiu R$ 935,7 milhões, equivalentes a 39,2% de margem EBITDA (sendo R$ 58,4 milhões relativos ao parque eólico BWG), com o aumento de 130,0% em comparação a 2020, cujo EBITDA atingiu o montante de R$ 406,8 milhões, e margem de 25,1%, dos quais R$ 49,5 milhões referentes à BWG. O lucro líquido consolidado totalizou R$ 642,9 milhões em 2021, crescimento de 818,4% em relação a 2020.
Em 2021, a Ferbasa investiu R$ 127,1 milhões, um acréscimo de 140,3% ante o realizado em 2020 (R$ 52,9 milhões), configurando uma retomada do ritmo de investimentos da companhia, após a contenção dos investimentos por conta do cenário de pandemia. O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 1.383,8 milhões em 2021, um aumento de 13% ante 2020, impactado pelos crescimentos de 1,5% no volume de vendas e 35,9% na tarifa média de energia. A relação entre o CPV e a receita consolidada das ferroligas em 2021 foi 55,1%, o que denota melhoria frente aos 71,3% alcançados em 2020. O CPV das ferroligas registrou um incremento de 19,6% no mesmo intervalo de tempo. A taxa de utilização da capacidade instalada em 2021 foi de 83,8%, ante aos 80% alcançados no exercício anterior. A utilização da capacidade instalada foi afetada pela redução de potência, ou parada de fornos, durante o horário de ponta (18h às 21h); desligamento de forno, ou redução de potência, para manutenção, reforma ou intervenção operacional; produção de ligas que demandaram redução de potência; e comercialização de parte da energia contratada no Mercado Livre.
