Nickel Institute pede salvaguardas à LME

22/03/2022
O Instituto afirma que está seriamente preocupado sobre os impactos negativos na cadeia de valor do níquel e nos consumidores.

 

O Nickel Institute festejou a reabertura parcial das negociações com níquel na LME (London Metal Exchange), considerando que é fundamental retomar a confiança do mercado nos mecanismos padrões de preços. Segundo a entidade, a LME, a FCA (Financial Conduct Authority) e o Bank of England devem tomar todas as medidas necessárias para resolver todos os problemas de governança e aspectos operacionais que foram identificados na recente suspensão de atividades de comercialização do níquel. 

O Nickel Institute expressa preocupação quanto às implicações presentes e futuras da situação que levou muitos participantes a questionar a falta de transparência na precificação, estabilidade dos preços e salvaguardas. “O reinício recente da comercialização é benvindo, mas a situação permanece instável e significativas lacunas precisam ser resolvidas em curto, médio e longo prazo”, expressa a entidade, acrescentando que as recentes anomalias dão à LME a oportunidade de aprender com a situação que foi criada, evitar situações similares e voltar com salvaguardas mais fortes e transparentes, a fim de proteger o mercado e seus participantes. 

 “Uma LME funcionando bem é essencial para possibilitar o uso eficiente do níquel globalmente”, disse Hudson Bates, presidente do Nickel Institute. “Os produtores e consumidores dependem de uma LME eficiente, transparente e equânime. Observando a recente disrupção no comércio de níquel, o Nickel Institute afirma que está seriamente preocupado sobre os impactos negativos na cadeia de valor do níquel e nos consumidores downstream. Ainda há uma falta de informações acerca da retomada da comercialização normal em bases regulares e consistentes. A situação atual está causando grandes danos à reputação tanto da indústria do níquel quanto da LME, com potencial perda de confiança e destruição da demanda crescente atual do níquel. “Esperamos que a LME esclareça e revise suas posições conforme a retomada da comercialização”. 

A entidade esclarece que seus membros representam mais de 60% da produção global de níquel Classe 1 e que o metal é crítico para a sociedade, desempenhando um papel chave nas tecnologias de transição energética para um futuro de baixo carbono.