Investimentos de US$ 1,3 bilhão no trimestre

29/07/2022
Aumento de US$ 157 milhões deve-se aos avanços nas obras de construção e aquisição de equipamentos nos projetos Sol do Cerrado, Salobo III e VBME. 

 

A Vale realizou investimentos US$ 1,293 bilhão em projetos de crescimento e manutenção no segundo trimestre de 2022, um aumento de US$ 157 milhões em relação aos três meses iniciais do ano, principalmente devido aos avanços nas obras de construção e aquisição de equipamentos nos projetos Sol do Cerrado, Salobo III e VBME. 

A empresa registrou EBITDA ajustado proforma das operações continuadas de R$ 25,8 bilhões no segundo trimestre de 2022, R$ 6,9 bilhões abaixo do trimestre inicial do ano. O resultado foi impactado pela queda dos preços de minério de ferro e cobre no final do trimestre, que foi parcialmente compensada por maiores volumes de vendas de minério de ferro. 

O EBITDA de minerais ferrosos foi de R$ 25,3 bilhões no trimestre, R$ 5,2 bilhões inferior ao primeiro trimestre de 2022, devido aos menores preços realizados de finos de minério de ferro e aos maiores custos de C1 e frete, parcialmente compensados pelos maiores volumes de vendas. O EBITDA de níquel foi de R$ 2.845 milhões no trimestre, um crescimento de R$ 120 milhões, impulsionado por maiores preços realizados de níquel, após o aumento de 10% nos preços da LME, além de um sólido desempenho em Onça Puma. O EBITDA do negócio de cobre foi de R$ 116 milhões entre abril e junho, R$ 1.078 milhões inferior (trimestre a trimestre), por causa dos reajustes dos preços provisórios, após os preços futuros 20% mais baixos da LME no final do trimestre e aos maiores custos de manutenção e de material em Salobo e Sossego. 

Na frente de descarbonização do aço, a Vale garantiu o fornecimento de gás natural para a planta de pelotização em São Luís (MA), o que permitirá o uso de gás natural em 100% das plantas de pelotização até 2024. Como parte do programa Powershift, a mineradora recebeu a segunda locomotiva 100% elétrica a bateria. 

Em abril, a Vale assinou memorando de entendimento com a Nippon Steel Corporation em busca de novas soluções para a siderurgia focadas no processo de produção carbono neutro de aço, em linha com o compromisso de reduzir 15% das emissões líquidas de Escopo 3 até 2035, enquanto nas operações de Metais Básicos a Vale avançou no de-risking com a conclusão da manutenção planejada dos smelter e refinaria de Copper Cliff, além das refinarias de Long Harbour, Clydach e Matsusaka.

A Vale concluiu também o estudo de pré-viabilidade de um projeto de 110 mil t/ano de sulfato de níquel, composto químico usado para produzir baterias de íon-lítio à base de níquel. “Ao comemorarmos nossos 80 anos de atuação no Brasil, aproveitamos para refletir sobre nossa jornada, desafios e evolução. Estamos reinventando a maneira como operamos, comprometidos em nos tornar uma das companhias mais seguras e confiáveis do setor no mundo. Seguimos em frente com a convicção de que a mineração é essencial para o desenvolvimento da sociedade e que só cumpre seu propósito gerando prosperidade para todos e cuidando do planeta. Nesse sentido, continuamos avançando em nossa agenda de descarbonização e fortalecendo o relacionamento com nossas comunidades vizinhas. Com o substancial re-shaping de nossos negócios, como a venda do Sistema Centro-Oeste, a empresa está muito mais preparada para entregar sua agenda de retomada de produção. Continuamos comprometidos com uma alocação disciplinada de capital e com a geração e retorno de valor aos nossos acionistas, conforme evidenciado pelo anúncio de pagar US$ 3 bilhões em dividendos”, comentou Eduardo Bartolomeo, CEO.