Preço do metal atinge nível histórico e podem chegar a US$ 2.500/onça
Os produtores de ouro têm motivos para comemorar: o preço do metal atingiu máxima histórica no dia 20 de maio, beirando os US$ 2.450 a onça e o preço futuro nos EUA fechou em US$ 2.438,50. De acordo com analistas, os fatores que influenciaram a alta foram as expectativas de corte da taxa de juros nos EUA, as medidas de estímulo ao setor imobiliário na China, que realizou grandes compras do metal através do seu banco central e as tensões geopolíticas, que contribuíram para elevar a demanda.
No caso dos Estados Unidos, os analistas identificam resistência da inflação, e o peso da dívida do país, que continua elevada, o que estimula a busca pelo ouro como porto seguro. Dados mostram que os preços ao consumidor nos EUA tiveram aumento menor do que o esperado em abril, o que sugere que a inflação mostra tendência descendente, o que aumenta as expectativas de um corte de juros em setembro. E taxas mais baixas de juros estimulam a busca por metais preciosos.
A morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, em um acidente de helicóptero, também contribuiu para incertezas no plano da geopolítica. Diante desses fatores, há analistas apostando que o preço do ouro poderá chegar a US$ 2.500/onça.
De acordo com o World Gold Council, o ouro teve outro bom mês em abril, registrando um ganho de 4% e encerrando o mês em US$ 2.307/onça. Ao contrário de março, o ouro terminou o seu máximo intramês devido à provável reticência dos compradores e à realização de lucros – refletida na queda dos prêmios chineses, na redução das importações indianas e na estabilização do posicionamento COMEX. Por outro lado, a tendência nos fluxos de ETFs de ouro na América do Norte tornou-se positiva – embora ligeiramente – juntando-se à forte procura por ETFs asiáticos.