Aura inicia ramp up do projeto de ouro Almas, no Tocantins

25/06/2023
A companhia espera atingir a produção comercial até o fim do terceiro trimestre de 2023. A expectativa é produzir, até o final deste ano, entre 25 mil e 30 mil onças de ouro.

Reafirmando seu compromisso de “seguir crescendo nas Américas”, a Aura Minerals anunciou, em abril passado, o início de operação e ramp-up do projeto Almas, em Tocantins. As atividades na mina e na planta já foram iniciadas e a companhia espera atingir a produção comercial até o fim do terceiro trimestre de 2023. A expectativa é produzir, até o final deste ano, entre 25 mil e 30 mil onças de ouro. Já nos quatro primeiros anos, a produção média anual de Almas será de 51 mil onças e a vida útil prevista para o empreendimento é de 17 anos, segundo reservas minerais estimadas.

Primeiro projeto greenfield da Aura, Almas compreende uma mina a céu aberto e uma planta de processamento de minério aurífero e entrou em operação 16 meses após o início de sua construção, sem variações significativas no Capex projetado inicialmente de US$ 78 milhões, “apesar dos desafios relacionados à cadeia de suprimentos, pressões inflacionárias e pandemia”, disse Rodrigo Barbosa, Presidente e CEO da Aura Minerals.

A estratégia, de acordo com o executivo, foi “focar em projetos simples e escaláveis, fáceis de construir e operar sob os mais altos padrões ESG, que chamamos de Aura 360, e que está dando resultado”. O projeto também implica em desenvolvimento econômico para o município de Almas, que tem por volta de 8.000 habitantes – 57% da mão de obra direta foi contratada nas comunidades locais.

Situado ao sul de Tocantins, distante 300 quilômetros de Palmas, capital do Estado, Almas tem 745 mil onças de recursos e reserva provável de 21 milhões de onças, com teor médio de 0,91 gramas de ouro por tonelada. A formação inclui três cavas principais: Paiol (o primeiro a ser explorado), Cata Funda e Vira Saia – denominadas cavas satélites – e um estoque remanescente de uma operação que existiu na década de 90 (uma pilha de lixiviação). A planta compreende as etapas de britagem, moagem, granulometria e lixiviação direta, seguida de eletrólise. O método de lavra de todos os depósitos será a céu aberto.

O lay-out é enxuto, mas a planta é expansível, tanto que um moinho, com capacidade para 2 milhões t/ano, já foi comprado para aumento da capacidade da moagem. Os três principais depósitos de ouro do Projeto Almas estão situados ao longo de um corredor de 15 km de comprimento do Almas Greenstone Belt, que abriga numerosas ocorrências de ouro orogênico. De acordo com a companhia, trabalhos de sondagem nos três depósitos irão identificar a oportunidade de aumento de recursos minerais ao longo do strike e em profundidade.

O perfil de produção de Almas será mais intenso nos primeiros oito anos, na casa de 50/55 mil onças por ano, ficando para o final o material de baixo teor. Para manter a produção inicial prevista, a Aura Minerals vem buscando alternativas com sondagem e exploração que estão sendo realizadas na região. Em 17 anos de produção serão produzidas aproximadamente 600 mil onças.

Leia a matéria completa na edição 430 de Brasil Mineral