Alacero vê recuperação da produção

18/06/2021
Os dados de comércio e consumo estão em linha com o crescimento de 13% da produção mensal de laminados registrado em março.

 

O consumo de aço cresceu pelo terceiro trimestre consecutivo, impulsionado principalmente pelos setores de construção e manufatura, com desempenho econômico heterogêneo entre os principais países da região, como México, Brasil e Argentina. O nível acumulado até março, de 18,4 milhões de toneladas (Mt), registrou aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2020 e de 5,5% em relação ao mesmo período de 2019. Em março, o consumo de aço aumentou 27% em relação ao mesmo mês do ano passado, atingindo 6,71 Mt, 17,4% acima do observado no mesmo mês de 2019.

No primeiro trimestre, as importações cresceram 3,4% em sua participação no consumo regional em relação ao trimestre anterior. Foram importadas 6,4 Mt, 15% a mais que nos primeiros três meses de 2020 e 9% a mais que no primeiro trimestre de 2019. Em março, 52% vieram da China, acima dos níveis registrados em janeiro (30%) e Fevereiro (33%). Relativamente às exportações, o valor acumulado no trimestre foi de 1,8 Mt, 17% inferior ao mesmo período de 2020 e 23,6% inferior ao de 2019, o que resulta em déficit comercial, que no primeiro trimestre do ano aumentou 36% em relação a 2020. 

Os dados de comércio e consumo estão em linha com o crescimento de 13% da produção mensal de laminados registrado em março. Em abril, porém, houve queda de 1% na mesma comparação, embora a produção já esteja nos níveis de 2019. No quarto mês do ano, acumula crescimento de 16,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2020. O aço cru teve aumento de 2% na produção mensal em abril, acumulando, entre janeiro e abril, acréscimo de 13,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2020. “A demanda continua em recuperação. Esses são dados encorajadores, embora desiguais por país e setor. Além disso, devemos continuar atentos às importações extrazona que representam risco e deslocamento da produção de nossa região. Em março, as importações aumentaram 27% em relação ao mesmo mês de 2020, metade vindo da China”, disse Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero. 

“A recuperação do setor siderúrgico e de sua cadeia de valor é muito importante para a América Latina, que tem sido uma região muito afetada economicamente pela pandemia da COVID-19. O setor gera 1,2 milhão de empregos qualificados e capacitados na região que devem ser preservados. Para que essa recuperação se sustente no tempo, são necessárias políticas públicas que favoreçam o investimento privado nacional e estrangeiro, desacelerem a recuperação econômica, diminuam a carga tributária e aumentem a produtividade”.