A Atlas Lithium divulgou uma atualização sobre o progresso da preparação de sua planta modular de processamento de lítio por separação em meio denso (DMS) para embarque para o Brasil.

A empresa explica que a DMS é uma técnica de processamento que emprega meio líquido pesado, várias vezes mais denso que a água, para separar materiais de forma eficiente com base em sua densidade. Este método isola efetivamente o espodumênio (o principal mineral portador de lítio nos depósitos da Atlas Lithium) na fração mais pesada, enquanto os materiais residuais são separados na fração mais leve. Embora a tecnologia DMS tenha sido empregada na indústria de lítio de rocha dura por um tempo considerável, a abordagem da empresa envolve uma versão modularizada e otimizada desta tecnologia comprovada, que permitirá à Atlas Lithium atingir a produção com custos reduzidos e com menor consumo de água.

Brian Talbot, diretor da RTEK e membro do Comitê de Operações da Atlas Lithium, comentou durante a visita de inspeção da semana passada à África do Sul: "A planta modular da Atlas Lithium representa um passo significativo para a indústria de lítio do Brasil, e nosso envolvimento direto garante que cada detalhe seja levado em conta quando o enviamos para o Brasil."

Nas últimas duas semanas, o pessoal técnico da RTEK esteve no local na África do Sul, coordenando os esforços de pesagem e embalagem para os vários componentes da planta e garantindo que cada peça esteja devidamente preparada para o embarque transcontinental. Uma instalação especializada em transporte de carga e logística de projetos empacotou 48 contêineres, com a contagem total de contêineres esperada para chegar a mais de 100 antes que um navio fretado parta do porto de Durban, África do Sul, transporte o material para o porto de Santos, no Brasil.

Os módulos DMS da planta passaram com sucesso pela montagem de teste na África do Sul, conforme anunciado anteriormente. Algumas das peças restantes em estágios quase finais de fabricação são componentes de efluentes, recentemente modificados para melhorar a eficiência hídrica, bem como transportadores. Instalações onde algumas dessas peças pendentes finais estão sendo concluídas também foram visitadas na África do Sul.

De acordo com a empresa, “o design modular da planta, o primeiro na indústria de lítio do Brasil, deve agilizar os processos de transporte, instalação e comissionamento. Sua altura, peso e pegada física geral significativamente reduzidos fazem dela um design ecologicamente correto de primeira linha. Além disso, a planta contará com o menor uso de água no circuito de processamento da indústria, estabelecendo um novo padrão para preservação de água na produção de lítio. Essa combinação de eficiência modular e conservação de água solidifica ainda mais o compromisso da Atlas Lithium com práticas sustentáveis na indústria de lítio”.

A Atlas Lithium está implantando seu projeto para produção de carbonato de lítio no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.