A Coordenação da Rede Invest Mining, a B3 e três empresas que manifestaram interesse em se listarem na bolsa brasileira se reuniram na última semana em Brasília. A Invest Mining articula trabalho que poderá ser iniciado pela B3 para o recebimento de pedidos de listagem de empresas brasileiras em fase pré-operacional que estejam atuando em pesquisa mineral, as chamadas Junior Companies.

A iniciativa tem como objetivo possibilitar na B3 a capitalização de tais companhias para que possam realizar ofertas públicas iniciais (IPO) ainda na fase de pesquisa mineral. Posteriormente, a ideia é que elas façam o follow up ou graduação de seus projetos para empresas operacionais para a fase de produção. Esse tipo de listagem já ocorre em países como o Canadá e Austrália. São nessas operações que as companhias valorizam as suas ações listadas não pelo desempenho de seus balanços financeiros e operacionais, mas pelo sucesso obtido na exploração mineral, à medida em que avança o trabalho de pesquisa até a comprovação da existência da jazida, e os relatórios vão sendo disponibilizados ao público interessado em investir na compra dessas ações.

Inicialmente, a Rede Invest Mining adotou como critérios para contato com as três empresas o fato de já estarem listadas em bolsa de outro país, o que reduz o risco de mercado, bem como o fato de já terem avançado pelo menos no nível de indicação de existência de recursos minerais, portanto, tendo vencido a fase de risco geológico, também. Durante a reunião, a B3 fez o Dual Listing para as companhias com o objetivo de explicar como funciona a listagem na bolsa e comentou algumas restrições regulatórias. A B3 deverá enviar correspondência a essas empresas, que por restrições de compliance, não é possível divulgar seus nomes neste momento, descrevendo formalmente o procedimento para que iniciem a instrução da documentação necessária às suas respectivas listagens, que ocorrerão em momento oportuno.