Climatempo alerta para o impacto mais frequente na mineração
Segundo alerta do Climatempo, as mudanças climáticas impactam cada vez mais a disponibilidade hídrica em determinadas regiões do Brasil, o que deve ocasionar riscos maiores para a operação do setor de mineração no médio e longo prazo. A empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina fez o levantamento com base em estudo que analisou as variáveis meteorológicas de longo prazo e seu efeito sobre o ciclo hidrológico da região entre Goiás e Pará. “À medida que as mudanças climáticas se intensificam, os riscos para a operação das mineradoras também crescem, com a ocorrência mais frequente de chuvas intensas e inundações, temperaturas mais altas, secas prolongadas e tempestades elétricas”, destaca Nil Nunes, COO da Climatempo.
No estudo realizado com foco na bacia do Rio Cana Brava, a Climatempo avaliou as variáveis meteorológicas e o comportamento do clima nos últimos 30 anos e para as próximas décadas, projetando a disponibilidade hídrica futura em um cenário de continuidade das mudanças climáticas. “Identificamos mudanças no comportamento do clima que poderão impactar o ciclo hidrológico da região, exigindo uma gestão estratégica para garantir a oferta hídrica”, conta Renata Martins, engenheira ambiental da Climatempo. Ao projetar os dados para as décadas futuras, o estudo apontou um aumento tanto na temperatura máxima quanto na mínima. Além disso, observou-se um aumento na frequência de dias muito quentes e uma diminuição no número de noites frias no ano.
Com relação às projeções de chuva, o estudo considera c o cenário mais pessimista, o clima na bacia do Rio Cana Brava tende a ficar mais seco. Ou seja, tanto a frequência quanto a intensidade da chuva tendem a diminuir ao longo dos próximos anos. “Esses dados apontam a probabilidade de que o ciclo hidrológico da região será mais impactado futuramente”, observa Renata. “Daí a importância de se avaliar o cenário futuro para se tomar medidas mitigadoras e adaptativas do efeito das mudanças climáticas no longo prazo”. O COO da Climatempo explica que fenômenos como chuvas intensas, secas prolongadas e tempestades elétricas podem interromper atividades fundamentais do dia a dia das mineradoras, danificar infraestrutura e impactar o transporte de minerais. “As mudanças climáticas têm aumentado a frequência e intensidade desses eventos, provocando ainda mais vulnerabilidade nas operações e a necessidade de adaptação”, destaca Nunes.
A meteorologia tem desempenhado um papel crucial ao fornecer serviços que ajudam as empresas a se planejarem com antecedência frente ao que pode vir em termos do clima. Entre as informações fornecidas, está a emissão de alertas antecipados de chuvas intensas, tempestades e ondas de calor, permitindo às mineradoras planejar operações de forma mais segura, evitar interrupções e acidentes; o monitoramento de raios, para que operações em áreas de risco sejam suspensas quando identificadas tempestades elétricas; e o serviço de previsão de chuvas para gestão hídrica, que fornece a previsibilidade necessária para a adoção de medidas de otimização do uso da água na atividade mineradora e de recuperação de reservatórios. “Os estudos de mudanças climáticas, este, buscam cruzar vários indicadores, em um cenário de prazo mais longo, avaliando o comportamento dessas variáveis no passado. Desta forma, indicam tendências e ajudam a prever os impactos de longo prazo nas operações, em resposta aos fenômenos climáticos extremos”, conclui o COO da Climatempo.