Vendas internas caem 2,2% até maio

30/06/2022
Entre os fatores para a queda das vendas está o agravamento da pressão sobre os preços dos insumos e de matérias-primas.

 

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 5,5 milhões de toneladas em maio, um recuo de 0,9% na comparação com o mesmo mês de 2021. Entre os fatores para a queda das vendas está o agravamento da pressão sobre os preços dos insumos e de matérias-primas. As sanções impostas à Rússia aumentaram ainda mais a pressão no preço das commodities, afetando principalmente o valor do petróleo, do gás e do coque no mercado mundial. 

Nos cinco meses iniciais de 2022, as vendas de cimento caíram 2,2% em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 25,6 milhões de toneladas comercializadas. “A guerra entre Rússia e Ucrânia tem gerado muitas incertezas para a indústria do cimento. A forte pressão nos preços do petróleo, do gás, e do coque no mercado global tem afetado substancialmente o setor. Para minimizar os efeitos do conflito, o uso de combustíveis alternativos nunca foi tão necessário. Nesse sentido, o setor cimenteiro tem investido e ampliado fortemente o uso de tecnologias como o coprocessamento de combustíveis alternativos, para substituição do coque de petróleo, matéria prima essencial na geração de energia no processo produtivo”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC. 

Para a retomada do setor, o SNIC citou ser necessária a volta do investimento em infraestrutura e retomada de programas, como Casa Verde Amarela, que precisa ser alavancado e desempenhar seu papel para diminuir o enorme déficit habitacional existente. O grande desafio do setor de cimento será assegurar os ganhos obtidos de 2019 a 2021 e avançar ainda mais na redução de sua pegada de carbono e em direção a sua neutralidade.

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