Relatório confirma potencial de Palmeirópolis

07/03/2022
O Complexo foi licitado em 2019 na modalidade de leilão e vem sendo estudado pela empresa vencedora, a australiana Alvo Minerals.

 

Representantes do Ministério de Minas e Energia e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia receberam o relatório preliminar da auditoria que confirma o potencial mineral identificado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) no Complexo Polimetálico de Palmeirópolis, no Tocantins. Os primeiros estudos na região aconteceram na década de 1980 e agora a área é reavaliada há pouco mais de dois anos. 

O Complexo foi licitado em 2019 na modalidade de leilão para cessão de direitos e, desde então, vem sendo estudado pela empresa vencedora do certame, a australiana Alvo Minerals. Os pesquisadores do SGB-CPRM identificaram que a região concentra mais de um elemento em quantidades economicamente passíveis de exploração. Os levantamentos, na época, apontaram que os Recursos Inferidos da ordem de 6,3 Mt @ 3,58% Zinco, 0,81% Cobre, 0,55% Chumbo e Ouro resultam em até 11 g / t. A partir da licitação por meio do PPI, a Alvo Minerals ganhou o direito de pesquisa na região e realiza o trabalho por meio da sua subsidiária no Brasil, a Perth Recursos Minerais.

Durante o encontro, os representantes da Alvo Minerals e da Perth afirmaram que a reinterpretação de dados geofísicos e geoquímicos da localidade identificou anomalias, placas e rochas vulcânicas de alto valor – o que confirma o trabalho realizado pelo SGB-CPRM sobre a potencialidade da região. “É com muita satisfação que vejo o resultado deste projeto, que indica a seriedade do trabalho feito pelos nossos técnicos e pesquisadores”, disse o diretor-presidente do SSG-CPRM, Esteves Colnago.  Ele também afirmou que “o brasileiro está despertando para as potencialidades do setor mineral e para a quantidade de empregos e renda que podem ser gerados com a atividade”.

O chamado Projeto Palma segue com direito de pesquisa por três anos e tem 17 mil metros para exploração. O edital de licitação foi realizado no âmbito do PPI com suporte do SGB-CPRM e é o primeiro na categoria pesquisa em mineração. Cerca de R$ 255 milhões serão investidos no projeto. O diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB-CPRM, Marcio Remédio, lembrou que o Complexo de Palmeirópolis foi o projeto piloto entre os 330 processos minerários da empresa, um dos quatro primeiros qualificados pelo PPI. A região totaliza 6.050 hectares e compreende seis processos. Com os resultados apresentados, o diretor destaca a importância dos estudos preliminares realizados pelo SGB-CPRM para a descoberta de áreas com potencial mineral no Brasil. “Esta é mais uma etapa importante do trabalho iniciado ainda na década de 1980. Os estudos realizados foram confirmados, o potencial identificado está sendo validado. Há outras etapas ainda a serem cumpridas, mas acreditamos neste projeto, que vai ajudar a desenvolver o Tocantins, trazendo geração de emprego, renda e desenvolvimento socioeconômico. Estamos trabalhando para licitar novos ativos minerários e, assim, ajudar o Brasil por meio do setor mineral”, disse Marcio Remédio.