A Jaguar Mining anunciou que adquiriu, pelo valor de US$ 9 milhões, os ativos (Projeto Pitangui e participação no Projeto Acuruí) da Iamgold no Brasil. Com a aquisição, a Jaguar Mining objetiva aumentar a utilização da sua capacidade de processamento de minério no País.

Além do valor da transação, a Iamgold também terá direitos a royalties sobre a produção líquida de ouro dos projetos. O projeto Pitangui está localizado a cerca de 110 km a noroeste da cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, próximo ao complexo de produção Turmalina, da Jaguar. De acordo com um relatório técnico publicado pela Iamgold em 2020, Pitangui tem recursos de 3,3 milhões de toneladas de minério (medido e indicado) com teor de 4,39 gramas por toneladas e 3,5 milhões t de recursos inferidos, com teor de 3,78 gramas de ouro por tonelada.

O projeto Acuruí é uma joint venture de exploração entre a Jaguar e a Iamgold, operado pela primeira. São áreas de exploração contíguas ao complexo Paciência, que está paralisado desde 2012.

Segundo o CEO da Jaguar, Vern Baker, a combinação de Pitangui e o projeto de desenvolvimento Faina, da empresa, agora oferecem uma oportunidade de extensão da operação do complexo MTL por muitos anos. “Esta transação reforça nossa estratégia corporativa de alavancar nossa extensa infraestrutura existente para impulsionar o crescimento da produção por meio do aumento do rendimento da planta. A incorporação da propriedade mineral de Pitangui adiciona aproximadamente 9 milhões de hectares de prospectos de mineração e exploração ao nosso portfólio do Quadrilátero Ferrífero”, comentou Baker.

Atualmente, os principais ativos operacionais da Jaguar estão todos localizados no Quadrilátero Ferrífero, entre eles o Complexo Turmalina e o Complexo Caeté (minas Pilar e Roça Grande e Usina Caeté). A mina Roça Grande encontra-se em manutenção temporária desde abril de 2019.

O anúncio da transação contribuiu para que as ações da Jaguar Mining, que tem valor de mercado de US$ 82,5 milhões, subissem nas bolsas.