Transportadora de granéis sólidos, como cal, coque, calcário, escória, quartzo, minério de ferro, carvão vegetal, cimento a granel, entre outros, a Lenarge Transportes e Serviços firmou parceria com a TMOV, logtech do setor de transporte rodoviário para o agronegócio, para criar uma joint venture que trabalhe com transporte de carga no setor de mineração, siderurgia e construção civil.

A JV tem como meta oferecer uma oferta de frete digital para estes mercados no País, ainda carente de soluções que embarquem estes tipos de produtos. Pelo acordo, a TMOV ficou com 51% de participação e quer levar a sua plataforma de tecnologia e de serviços financeiros para atrair mais caminhoneiros e clientes embarcadores de cargas, o que contribui para que o negócio ganhe escala. 

A Lenarge tem receita de R$ 500 milhões anuais e poderá digitalizar a sua base, além de disponibilizar as soluções TMOV aos seus clientes, como CSN, Votorantim, Gerdau e Usiminas. Com sede em Sabará (MG), a Lenarge tem um segundo braço de mercado, onde a própria frota conta com aproximadamente 1.000 caminhões e 1.400 carretas. Esse pilar, responsável por outros R$ 500 milhões de faturamento, não entrou no acordo e continuará sendo gerido exclusivamente pela empresa.

A joint venture será chamada de LNT e terá um gestor da operação ainda não definido. O acordo já recebeu aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os negócios para formação da JV duraram pouco mais de um ano. A Tmov propôs que a Lenarge entrasse para o seu modelo de marketplace, lançado em 2022, e a partir do qual caminhoneiros, transportadoras e donos de cargas podem negociar serviços e valores. “A Lenarge já pretendia investir em tecnologia para digitalizar e otimizar os seus processos”, afirma Márcio Afonso Moraes, diretor-presidente da Lenarge Transportes. “Vimos um potencial enorme de escalonar nossos serviços ao unirmos a tecnologia da Tmov”.

Com a parceria, a Lenarge prevê um crescimento de 30% em 2023 em relação a este ano, quando deve encerrar com R$ 1,2 bilhão de faturamento. A companhia ficou com 49% do negócio.