A Samarco projeta, para 2023, investimentos de R$ 1,6 bilhão destinados ao projeto de descaracterização da cava e da barragem de Germano, obras em estágio avançado, e a projetos de inovação. Na área sustentável, a mineradora investe em tecnologias em prol do desenvolvimento sustentável. Entre as ações, a utilização de resíduos de lavra de mármore na produção de pelotas de minério de ferro, como alternativa complementar ao calcário. Atualmente 30% das pelotas produzidas possuem coproduto de mármore. Desde a homologação do coproduto em outubro de 2022, foram adquiridas mais de 21 mil toneladas do material. Entre os benefícios estão a redução da emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível, além dos impactos positivos na qualidade da pelota.
Com investimento de cerca de R$ 19 milhões, a Samarco desenvolve também o projeto Dry Stacking, que consiste na construção de uma nova planta de filtragem e de aterros experimentais para uma análise abrangente das melhores formas de disposição e do comportamento geotécnico das pilhas de rejeitos. Desde a retomada gradual das operações, a Samarco opera com um sistema de filtragem e empilhamento a seco de cerca de 80% do rejeito gerado. O Dry Stacking é um projeto de P&D que permitirá que a empresa atinja a marca de 100% de rejeito seco e disposto em pilhas.
A Samarco atingiu a marca de 20 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro produzidas desde a retomada das operações em dezembro de 2020. Neste período, a companhia embarcou 200 navios e retomou as operações sem a utilização de barragens de rejeitos, com expectativa de alcançar 60% da capacidade produtiva a partir de 2025. “Avaliamos esse desempenho de uma forma positiva para o nosso negócio. A continuidade das operações também é uma oportunidade para que possamos compartilhar valor com a sociedade. Para 2023, a expectativa é que a nossa produção atinja cerca de nove milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro, um incremento de 10% com relação ao volume produzido nos dois anos anteriores. As boas práticas nos mostram que é possível fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável, conforme o nosso propósito”, destacou o diretor de Operações, Sérgio Mileipe.
O gerente-geral Comercial e Marketing, Renato Pereira, disse que a Samarco consolidou seu retorno ao mercado desde a retomada operacional. “Mais do que números, além de concretizarmos a estabilidade operacional da empresa, restabelecemos e estreitamos ainda mais as relações com nossos clientes. Para Pereira, a Samarco conseguiu fornecer produtos de elevada qualidade cujo valor agregado proporciona maior eficiência e performance na produção de aço, além de contribuir para a redução de gases de efeito estufa, como o CO2. Os produtos da Samarco integram a cadeia produtiva de importantes siderúrgicas da Europa, Oriente Médio, Norte da África e Américas, além do mercado interno. A previsão é que a retomada total da capacidade produtiva seja alcançada de maneira segura até 2028.
