Receita líquida global alcança R$ 7 bilhões
A Votorantim Cimentos obteve receita líquida global de R$ 7 bilhões no segundo trimestre de 2024, crescimento de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado, excluindo variação cambial. O desempenho é fruto dos resultados positivos das operações nos países da Europa, Ásia e África e do Brasil. No segundo trimestre do ano, as vendas globais de cimento da empresa somaram 9,6 milhões de toneladas, aumento de 2% em relação ao segundo trimestre de 2023, enquanto o EBITDA ajustado consolidado atingiu R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre, redução de 2% em moeda local e estável na consolidação em Real em relação ao mesmo período de 2023, decorrente do portfólio balanceado, com diversificação geográfica e de produtos, com impactos positivos trazidos pelo resultado operacional na Europa, Ásia e África e de novos negócios no Brasil. A margem EBITDA foi de 23%, também estável na comparação com o mesmo período de 2023.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 515 milhões no trimestre, um crescimento de 10% em relação aos R$ 470 milhões obtidos um ano antes e investiu R$ 679 milhões no trimestre, 43% a mais que no segundo trimestre de 2023. Esse aumento é explicado, principalmente, pela estratégia global de investimentos em modernização e competitividade estrutural, além de projetos atrelados aos compromissos de descarbonização da empresa.
A Votorantim Cimentos entregou a primeira fase do projeto de modernização da fábrica de Salto de Pirapora (SP) e concluiu investimento na fábrica da St. Marys, no Canadá, que aumenta a capacidade de coprocessamento de combustíveis alternativos com resíduos plásticos e biomassas. As duas iniciativas ampliam a capacidade de substituição térmica da Votorantim Cimentos, contribuindo para a jornada de descarbonização e compromissos de sustentabilidade firmados pela companhia. Os projetos de expansão são responsáveis por 13% do total de capital investido no segundo trimestre de 2024.
Em julho, a Votorantim Cimentos anunciou investimento de R$ 200 milhões para ampliação da fábrica de Edealina (GO). A construção de uma nova linha de moagem de cimento irá dobrar a capacidade de produção da unidade, totalizando 2 milhões de toneladas de cimento por ano. A previsão é que a obra seja concluída no segundo semestre de 2025. O montante integra programa abrangente de R$ 5 bilhões de investimento para os próximos cinco anos, focado em crescimento e competitividade estrutural das operações da Votorantim Cimentos no Brasil. Esse programa, dos quais R$ 1,7 bilhão já está em execução, abrange as operações da companhia em todas as regiões do país, com investimentos estruturantes para elevar a capacidade de produção de cimento, competitividade, utilização de combustíveis alternativos e reduzir as emissões de CO2.
A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, fechou o trimestre em 1,88x, 0,24x maior que no mesmo período de 2023. A métrica segue em conformidade com a política financeira da companhia e alinhada com os indicadores de grau de investimento. O aumento é explicado pela variação cambial, parcialmente mitigado pela melhora do resultado operacional.
"Ao final do primeiro semestre do ano, nossos resultados demonstram a resiliência e eficácia de nossa estratégia de diversificação e alocação de capital. Continuamos focados em fortalecer nossa competitividade estrutural, avançando em projetos de descarbonização e novos negócios, mantendo nossa sólida disciplina financeira. Seguimos firmes com nosso plano de investimento, alinhado à nossa estratégia global e ao nosso mandato estratégico”, afirma Osvaldo Ayres, CEO global da Votorantim Cimentos. A agência de rating Moody’s reafirmou, em maio, a nota de crédito global da Votorantim Cimentos em “Baa3” com perspectiva estável, mantendo a companhia como grau de investimento.
No Brasil, a Votorantim Cimentos alcançou receita líquida de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre de 2024, estável em comparação ao mesmo período de 2023. O EBITDA ajustado foi de R$ 566 milhões, estável na comparação com um ano antes, decorrente da tendência positiva de novos negócios e melhora de custos variáveis.