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Indústria busca soluções para reduzir emissões

24/02/2022
A indústria brasileira do alumínio tem ações nos três principais pilares para a descarbonização do setor.

 

Janaína Donas, presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), participou dia 21 de fevereiro do seminário “Soluções para descarbonização do setor metalúrgico: oportunidades para empresas brasileiras e japonesas”, promovido pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, e pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. 

Na ocasião, representantes dos dois países apresentaram projetos e iniciativas que contribuam para a redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE). O Japão, cuja economia depende em grande parte da importação de energia de combustíveis fósseis, tem metas ambiciosas de descarbonização até 2050.

Janaina disse que a indústria do alumínio brasileiro é uma catalisadora de ações sustentáveis. O setor tem a baixa pegada de carbono como uma das suas vantagens competitivas. O setor é o único no mundo a ter a sua cadeia de custódia inteiramente certificada para os padrões de governança, meio ambiente e responsabilidade social. O certificado é fornecido pela Aluminium Stewardship Iniciative (ASI). “Todas as etapas produtivas – mineração da bauxita, refino, produção de alumínio primário, manufatura e reciclagem – são certificadas pela ASI”, ressaltou a presidente da ABAL. 

O alumínio brasileiro tem padrões sustentáveis de excelência. A proporção entre produção de alumínio primário e emissão de GEE, no caso brasileiro, é 4,6 vezes inferior à média mundial. Na produção de alumina, insumo obtido por meio do refino da bauxita, o índice é 4,5 vezes menor. E mais da metade do alumínio consumido no país (54%) vem da reciclagem, porcentagem bem acima da média mundial (28%).

Janaina lembrou ainda que a indústria brasileira do alumínio tem ações nos três principais pilares para a descarbonização do setor. A etapa de fundição do metal é eletrointensiva e emprega fontes de energia renovável e/ou provenientes de matrizes diversificadas, o que contribui na baixa pegada de CO2 do produto. A indústria do alumínio nacional tem promovido a transição energética de caldeiras, antes alimentadas por combustíveis fósseis, por soluções mais verdes, como a biomassa, além da parceria entre indústria e governo, com o objetivo de ampliar e fortalecer ainda mais a reciclagem de alumínio no país. O Brasil reciclou acima de 96% as latas de alumínio nos últimos dez anos.