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AMG investe R$ 1,2 bilhão em planta química

14/05/2022
A unidade de beneficiamento para carbonato de lítio terá as etapas de engenharias concluídas no final de 2023 e sua construção em meados de 2024.

 

A AMG Mineração está com trabalho em andamento para nova planta química de lítio a ser construída em Minas Gerais. O projeto receberá investimentos de R$ 1,2 bilhão e a unidade de beneficiamento transformará o concentrado em carbonato de lítio, conferindo maior valor agregado ao mineral extraído em terras mineiras. As operações estão previstas para 2026. Atualmente, a empresa está em fase de expansão da produção da mina de Volta Grande, entre os municípios de Nazareno e São Tiago, na região Central de Minas Gerais, com aportes de R$ 200 milhões. 

Segundo o CEO da AMG Brasil, Fabiano José de Oliveira Costa, os dois investimentos foram atualizados recentemente por causa de mudanças no escopo da expansão e por questões inflacionárias e cambiais que pressionam os empreendimentos. “Realizamos algumas mudanças de forma a melhorar a eficiência da planta. Além disso, temos as questões inflacionária e cambial, que têm pressionado os custos. A inflação já chega a 12% e a recuperação econômica mundial tem elevado os preços de commodities como o aço – altamente utilizado neste tipo de projeto”. 

A expansão em Volta Grande permitirá um salto das atuais 90 mil toneladas anuais para 130 mil toneladas por ano, o que representa um aumento de 45%. A implementação deve ser iniciada entre junho e julho e a conclusão está prevista para o final do primeiro trimestre de 2023.  “No segundo semestre do próximo ano deveremos estar operando com a capacidade nominal de maneira a reforçar nossa posição como maior produtor de lítio a partir de rocha primária da América do Sul”, diz.

Já a unidade de beneficiamento para carbonato de lítio terá as etapas de engenharias concluídas no final de 2023 e sua construção em meados de 2024. As obras deverão levar 18 meses e ser entregues no final de 2025 para iniciar a produção apenas em 2026. “Esse cronograma depende, obviamente, da vontade política do Estado no que se refere aos licenciamentos ambientais. A partir daí poderemos converter as 130 mil toneladas de concentrado em produto químico carbonato de lítio. É um produto subsequente na cadeia de produção da bateria de lítio. A título de comparação, enquanto o preço do concentrado varia de US$ 3 mil a US$ 4 mil a tonelada, o produto químico chega a ser comercializado a US$ 70 mil a tonelada”, comenta Costa.

Em relação ao mercado, o executivo avalia que o Brasil deve pegar carona na transição energética implementada mundo afora. “Acabamos de inaugurar uma refinaria de lítio na Alemanha, ao lado das principais montadoras do mundo, e os compromissos firmados por lá preveem a substituição da frota por veículos elétricos no máximo até a próxima década. Não vejo como o Brasil não entrar de vez nessa transição também. É um caminho sem volta”, conclui. (Com informações do Jornal do Comércio).