Vendas caem 2% até setembro e somam 46,8 milhões t

26/10/2023
Vendas alcançaram 46,8 milhões de toneladas de cimento, uma queda de 2% na comparação com o mesmo período do último ano.

 

Segundo números do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 5,2 milhões de toneladas em setembro de 2023, o que representa um declínio de 5,1% sobre o mesmo mês de 2022. No acumulado dos nove primeiros meses de 2023, as vendas alcançaram 46,8 milhões de toneladas de cimento, uma queda de 2% na comparação com o mesmo período do último ano.

O setor alega que a taxa básica de juros em patamares elevados (12,75%) impacta o número de financiamentos imobiliários para construção, que caiu 44% no acumulado até agosto de 2023, com relação ao mesmo período de 2022. O cenário continua a desacelerar, de acordo com a indústria cimenteira, em razão da lenta recuperação da renda da população e do alto endividamento das famílias, que atingiu 47,8% em julho deste ano, muito próximo do pico de 50% em julho de 2022. Ademais, o forte regime de chuvas registrados em setembro, especialmente nos estados do Sul, comprometeu fortemente a performance de vendas do setor.

Apesar desse cenário, a indústria acredita em uma recuperação de empregos e do Produto Interno Bruto e o arrefecimento da inflação, em relação ao ano passado. No que diz respeito aos indicadores de confiança, o índice do consumidor atingiu sua maior marca em setembro, desde o início de 2014 e o da construção alcançou o maior patamar desde outubro de 2022.

O mercado imobiliário está menos confiante em decorrência da falta de mão-de-obra qualificada e diz que o acesso ao crédito tem dificultado o cenário da construção. Já o segmento de serviços especializado e de infraestrutura compensaram, com maior confiança. O anúncio da nova modalidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o PAC Seleções, edital voltado para atender os projetos prioritários apresentados por estados e municípios em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade, poderá abrir novas possibilidades de obras.

Na esfera federal, a aprovação, pelo Senado, do Projeto de Lei (PL) 412/22, que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), chamado de Mercado de Carbono, tem sua construção ativa na participação da indústria do cimento, que segue na vanguarda como primeiro setor a firmar um compromisso de neutralidade climática, em escala global, dentro do programa Race to Zero da ONU. O projeto brasileiro de neutralidade terá suas bases lançadas no 8º Congresso Brasileiro de Cimento (CBCi).

 

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