Só 17% de mulheres ocupam cargos no setor

26/04/2023
Estudo aponta a necessidade de uma meta de contratações de mulheres

 

Segundo dados do Women in Mining (WIM) Brasil, apenas 17% das mulheres ocupam cargos na mineração brasileira. “Trazer a mulher para um ambiente predominantemente masculino, em termos de força de trabalho, é uma ideia para tentar mudar esse paradigma cultural e social. Principalmente no setor de mineração, que é baseado na figura masculina”, afirmou Érica Cavalheiro, coordenadora de iniciativas Suíças do Ouro Responsável no Brasil.

Na Fênix DTVM, empresa que atua no mercado de ouro, as mulheres representam 41% do quadro de funcionários da empresa. “Na minha área de atuação, Administração e Finanças, 55% da equipe é composta por mulheres. Entendo que unir os dois universos, masculino e feminino, tem muito a agregar em prol das necessidades de todos os setores, pois são complementares”, afirma Eliane Seze, diretora financeira da companhia. Para Talita Galvão, gerente de ESG, Riscos e Controles Internos da DTVM, a presença feminina na alta gestão é algo essencial para que os programas de diversidade e inclusão sejam encorajados dentro das empresas. “A presença de mulheres na liderança é fator chave para identificar possíveis lacunas e trabalhar em direção a melhorias no que diz respeito às questões de gênero. Em contrapartida, a falta de mulheres nestes espaços pode resultar na perpetuação de uma cultura pautada por estereótipos e gerar empecilhos no progresso de inúmeras profissionais”, explica.

Para ampliar o número de colaboradoras no setor mineral, o estudo aponta que é necessária a implementação de uma meta de contratações de mulheres em diferentes setores. “Criar práticas inclusivas para oportunizar o crescimento de carreira para mulheres é conscientizar para tornar o local de trabalho respeitoso para elas, é entender que é preciso criar um ambiente propício para conciliar o trabalho com compromissos pessoais, sem a perda da qualidade de entrega, é olhar para as comunidades onde a mineração está inserida e desenvolver uma forma de profissionalizar essas mulheres da comunidade”, reforça a gerente de ESG, Riscos e Controles Internos da Fênix DTVM. Além disso, é fundamental que os líderes estejam envolvidos nas práticas de inclusão e antidiscriminação de gênero. “O apoio e incentivo vindos do topo são imprescindíveis para a difusão destes valores entre o corpo de trabalho em todos os níveis. Mais que isso, além de promover esta mudança na cultura organizacional, é crucial que a liderança executiva continue fornecendo os recursos necessários para que estas iniciativas se mantenham firmes”, finaliza Eliane Seze, diretora financeira da companhia.

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