SGB prepara 139 cartas de Anomalias para 2023

26/05/2023
As publicações incluem dados geocientíficos que permitem identificar regiões com potencial mineral

 

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) lançará 139 Cartas de Anomalias em 2023, que contemplam os estados do Pará, Tocantins, Sergipe, Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. As publicações incluem dados geocientíficos que permitem identificar regiões com potencial mineral, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do País. Além disso, há também informações sobre uso e ocupação do solo, que indicam áreas restritivas à exploração.

As Cartas compilam informações das áreas aerogeofísica, geologia, geoquímica e recursos minerais, disponíveis na plataforma GeoSGB. Estes dados permitirão ver a ocorrência de anomalias - características que estejam fora dos padrões geofísicos e/ou geoquímicos, podendo ser um indicativo da presença de recursos minerais. “A partir dos dados disponibilizados, pode-se decidir em qual região é mais ou menos interessante fazer uma investigação mais detalhada e, assim, diminuir o risco inerente à identificação de novos recursos minerais”, explica o geofísico Luiz Gustavo Rodrigues Pinto, chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE) da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do SGB.

As Cartas de Anomalias terão informações sobre uso e ocupação do solo e indicam áreas indígenas, de proteção ambiental, estradas, rios e cidades. “Se existir alguma anomalia que indique um potencial risco dentro destas áreas, elas devem ser ignoradas, pois não pode haver a exploração nessas áreas”. Esses dados são gerados pela Divisão de Cartografia (DICART) a partir de dados do IBGE.

Entre 2020 e 2022, o SGB produziu 405 Cartas de Anomalias com dados sobre os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os documentos estão disponíveis no Repositório Institucional de Geociências (RIGeo) e na plataforma GeoSGB. Os produtos são produzidos de forma automatizada, com a utilização de um projeto construído em um software GIS livre. No sistema, as informações são disponibilizadas em um layout padrão e são destacadas as informações geocientíficas mais relevantes para a região que a folha compreende. As Cartas são publicadas em articulações de escala 1:100.00.