A Beadell Resources Limited informa que amostras do antigo estoque de lixiviação colhidas pela equipe de geologia e laboratório sugerem que a primeira usina em Mina Tucano poderia ser de qualidade muito mais alta e com menor custo por onça. A empresa acredita que possa haver até 12 mil onças recuperáveis que poderiam ser processadas nos primeiros dois a três meses de operação da planta, o que poderia gerar US$ 20 milhões de fluxo de caixa livre. O minério vem da antiga pilha de lixiviação de Eike Batista e da Goldcorp - que operou entre 2005 e 2009 - quando as recuperações foram de cerca de 50%. O plano da Beadell é iniciar a moagem no final de junho e originalmente modelar 0,5 g/t a partir dessa alimentação. Até agora, a mineradora está em 1,1 g/t para 4.300 onças de amostras, mas o verdadeiro teste surge quando se analisar as lamas muito mais ricas depois que as chuvas atuais cessarem.

A expectativa é que as lamas atinjam 2 g/t e representem cerca de um terço das estimadas 400 mil toneladas de estoques de lixiviação. O foco agora é construir um grande estoque de ROM e concluir os pedidos de peças de reposição para a usina de 3,5 Mtpa, o que garantirá seu bom funcionamento durante o comissionamento no final de junho. O custo para construir a planta, hoje, é bem superior a US$ 400 milhões e levaria anos para permitir, financiar e desenvolver.

Segundo a Beadell, isso se compara à avaliação pré-monetária de apenas C$ 35 milhões para esta rodada e dá aos investidores o conforto de que há muito espaço para reavaliar ainda este ano, quando a Tucano Gold Inc abrir o capital. “Na verdade, compramos muito bem a Mina Tucano em outubro de 2023, o que permite que nossos novos acionistas se envolvam com uma avaliação muito baixa”, disse Jeremy Gray, CEO da Tucano. A projeção é que a Tucano Gold tem potencial para ser uma empresa de US$ 1 bilhão em um forte mercado de ouro. Só para construir esta usina, o preço das ações teria de chegar a 15-18 dólares canadenses para cobrir esse custo e a avaliação poderia aumentar para 34 dólares canadenses por ação, assumindo um preço NPV do ouro de 2.200 dólares no curto prazo e 1.800 dólares no longo prazo. A beleza deste negócio é que ele já está construído e pronto para aproveitar os fortes preços do ouro. “O impacto que esse alto preço do ouro está causando em nossas previsões internas de fluxo de caixa futuro na Mina Tucano é dramático. Estas são apenas previsões internas e estão sujeitas a todos os tipos de riscos, mas esperamos que ilustrem o quão alavancado Tucano pode ser face ao aumento do preço do ouro. O que está claro é que nosso AISC 2024 poderá ficar abaixo de US$ 1.000 se o material para lixiviação em pilha continuar a nos surpreender. Na realidade, ao preço atual do ouro, a nossa atual avaliação pré-monetária é provavelmente inferior a ¼ do fluxo de caixa do próximo ano. Esse tipo de lucratividade trará uma prosperidade valiosa para esta parte maravilhosa do Norte do Brasil, no Estado do Amapá, e nos tornará o maior empregador do Estado”.

A Tucano aguarda a chegada da frota que tem alugado nas últimas seis semanas para mover o minério gasto da antiga pilha de lixiviação para a plataforma ROM que está situada bem ao lado. “Nossos novos caminhões e escavadeiras já chegaram e esperamos que estejam operacionais assim que nossos novos operadores concluírem as verificações operacionais e de segurança. Planejamos dobrar nossa frota novamente até agosto, uma vez que tenhamos realizado algumas vendas de ouro sólido. Além do minério gasto da antiga lixiviação, há também muitos estoques de minério extraído de baixo teor que não foram processados no passado porque não eram considerados econômicos na época em que o preço do ouro era muito mais baixo”, concluiu Gray.