Novo destino para resíduos gerados em Pecém

21/11/2022
Atualmente, a CSP consegue o reaproveitamento interno e destinação externa em quase 100% dos resíduos.

 

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade Federal de Viçosa e a Biosfera, empresa especialista em soluções sustentáveis desenvolveram soluções para o uso de resíduos gerados na siderúrgica. No processo de produção do aço são gerados resíduos, como a escória (de Aciaria e de Alto-forno), lama, pós, resíduos refratários e resíduos metálicos (sucatas). Atualmente, a CSP consegue o reaproveitamento interno e destinação externa em quase 100% dos resíduos. A CSP comercializa coprodutos para cimenteiras, para indústrias de cerâmicas, químicas, como tintas, pavimentação de pátios e vias. O reaproveitamento dos resíduos reduz custos e aumenta a sustentabilidade do negócio. 

Entre as novas alternativas, uma delas é dar o uso nobre ao agregado siderúrgico. “Hoje, 100% do agregado siderúrgico não metálico gerado na produção de aço e processado na estação de granulação (BSSF) é vendido para as empresas cimenteiras. O nosso objetivo é desenvolver novas aplicações sustentáveis, diversificando ainda mais as destinações”, afirma Carlos Guimarães, especialista de Aciaria da CSP. Para a analista de Meio Ambiente da CSP, Ana Júlia Dantas, “Sistemas que são menos eficientes vão gerar danos ao próprio bolso da empresa. Quanto mais resíduos, pior. Um resíduo bem gerenciado significa melhora nos resultados ambientais e financeiros também. Quando há desperdício, significa que preciso de mais soluções pra destinar nossos materiais”, explica a analista. 

Os usos sustentáveis agregados siderúrgicos da CSP são fruto do investimento da usina na aquisição da unidade BSSF (Baosteel Slag Short Flow), uma tecnologia que granula a escória de aciaria. “Esta tecnologia inovadora reduz o tempo de tratamento da escória de Aciaria de 6 a 8 meses para apenas 30 minutos, quando comparado ao processo de beneficiamento convencional de escória, com consequente redução de impactos ambientais. Esta é uma tecnologia que apenas a CSP possui no Brasil e foi implantada desde o início da operação da usina”, diz Ana Júlia.

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