Anglo American tem projetos para mitigar impactos

05/12/2022
Um deles é o projeto de reuso da água utilizada na operação do mineroduto da empresa.

 

A Anglo American está investindo em inovações com o objetivo de mitigar os impactos de sua atividade. Uma delas é o projeto de reuso da água utilizada na operação do mineroduto da empresa, que tem 529 km de extensão, e transporta minério de ferro de Conceição do Mato Dentro (MG) até o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). O volume de reaproveitamento de água pode chegar a 0,3 m³/s. 

O minério produzido na planta mineira percorre 29 municípios até o Porto do Açu, onde passa por um processo de filtragem, com a separação da água e do minério, que é armazenado para exportação. O efluente gerado pelo sistema de filtragem da água é tratado e majoritariamente descartado ao mar, seguindo estritamente todos os padrões legais. A Anglo American estuda, em parceria com o Porto do Açu, o tratamento e a utilização de parte desse efluente nas plantas industriais do complexo (atuais e futuras), para que, gradativamente, o efluente deixe de ser descartado no mar e passe a ser reutilizado. 

Em setembro de 2022, houve o primeiro teste operacional do projeto de reúso de água, conduzido com apoio técnico da Anglo American. Aproximadamente 2 mil m³ de água foram reutilizados em atividades como aspersão de pilhas de carvão, o que confirmou a viabilidade operacional do projeto e a possibilidade de substituição de água nova – de alta qualidade –, atualmente usada para fins não nobres pelo efluente. A elaboração do projeto executivo para construção do sistema de adução de água da fase I do projeto de reúso (capacidade de 100 m³/h) também está em curso, conforme o planejado, com previsão de entrega para dezembro de 2022. “A empresa continua trabalhando para incentivar e construir um ambiente cada vez mais saudável, que traga soluções em prol da sustentabilidade e da sociedade em geral. Temos metas consistentes em nosso Plano de Mineração Sustentável e trabalhamos de maneira sólida para atingí-las”, afirma Cristiano Cobo, diretor Técnico e de Sustentabilidade da Anglo American no Brasil. 

Outro projeto sustentável da Anglo é a utilização de escória de ferroníquel nas obras de ampliação das rodovias de Goiás. A iniciativa, realizada em parceria a Ecovias do Araguaia, visa reduzir os impactos ambientais e também dar aplicação à escória, diminuindo a área necessária para estocagem dos resíduos gerados nas plantas industriais da mineradora no Estado. 

A destinação de 10 mil toneladas de escória do ferroníquel para pavimentação asfáltica foi concluída este ano com sucesso. O material foi utilizado na construção dos pátios da rodovia GO-356, e demonstrou a viabilidade técnica e comercial da iniciativa. A Anglo American desenvolve outros três projetos de menor escala usando escória, beneficiando empresas locais com a destinação do material para construção de pátios e melhoria de vias internas. 

A Anglo American e as Ecovias do Araguaia seguem analisando tecnicamente o material para subsidiar uma negociação futura entre as partes. A expectativa é destinar 500 mil toneladas de escória nos próximos dois anos, com potencial de aplicação de 100% do material para construção de rodovias e ferrovias até 2026. “A sociedade moderna espera que a indústria de mineração contribua positiva e efetivamente para o desenvolvimento socioeconômico, mitigando impactos ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável em suas mais diversas vertentes. Entendemos que este é um caminho sem volta para que a nossa empresa e todo o setor consigam traçar o futuro da mineração sustentável”, ressalta Tiago Alves, gerente de Meio Ambiente da Anglo American. 

Em 2022, a Anglo já contribuiu com a recuperação ambiental de 50 hectares, em Goiás, por meio da primeira fase do programa Juntos Pelo Araguaia, que prevê aumentar a produção de água em áreas de preservação permanente. Além disso, lançou editais voltados às comunidades do Minas-Rio para criação de mudas e coleta de sementes, e ainda ofereceu consultoria técnica para estruturação de um viveiro comunitário de mudas no estado do Mato Grosso. Atualmente, a Anglo American conta com mais 22 mil hectares de áreas protegidas no Brasil, entre Cerrado e Mata Atlântica, o que representa mais de seis vezes a área operada no país. 

Em Minas Gerais, em parceria com o Instituto Espinhaço, a empresa investe no projeto de recuperação de 23 nascentes do Rio Santo Antônio, além de cerca de oito mil metros lineares de áreas de preservação permanente da região. A Anglo também doou US$ 5 milhões para o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), responsável pela conservação de mais de 60 milhões de hectares na Amazônia.

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