1. Introdução
A flotação é uma tecnologia importante nnas indústrias químicas e petroquímicas (Rubio et al., 2016, 2002). A eficiênco setor de mineração, processando bilhões de toneladas de minério anualmente (Wills e Finch, 2015). A flotação também possui diversas aplicações no tratamento e reutilização de águas residuais, remediação de ecossistemas aquáticos, bem como ia da flotação de partículas minerais é significativamente influenciada pelo tamanho das partículas, onde as mais finas e as mais grossas apresentam sérios desafios no seu tratamento (Anzoom et al., 2024; Kohmuench et al., 2018). O principal problema com a recuperação de partículas grossas é o curto tempo existente durante as colisões bolha-partícula, o que diminui significativamente sua probabilidade de adesão devido aos tempos de indução restritos (Dobby e Finch, 1987). Ainda, uma vez aderidas às bolhas, as partículas grossas enfrentam maiores forças de desprendimento, principalmente da gravidade e efeitos centrífugos (Gautam e Jameson, 2019).
Anzoom et al. (2024) publicaram uma revisão abrangente dos desafios e avanços na flotação de partículas grossas. Eles exploraram várias tecnologias inovadoras voltadas para a recuperação de partículas grossas em diferentes sistemas minerais, destacando máquinas como SkimAir®, Imhoflot™, HydroFloat™, NovaCell™ e CoarseAIR™. Esses dispositivos utilizam uma abordagem híbrida, combinando mecânica de leito fluidizado com técnicas de flotação convencionais, baseadas na hidrofobicidade das partículas (Crompton et al., 2022; Jameson et al., 2020).
O advento das nanobolhas (NBs) é particularmente promissor, abordando vários desafios tanto nas zonas de coleta quanto na fase espuma das células de flotação (Azevedo et al., 2016; Calgaroto et al., 2014; Tao, 2022; Zhang et al., 2022). O uso de NBs carregadas com coletores (específicos) aparece como uma excelente alternativa para a recuperação de partículas finas e grossas, em conjunto com as macrobolhas convencionais usadas em máquinas de flotação (Calgaroto et al., 2015; Tao, 2022).
Este artigo apresenta os resultados da recuperação por flotação de quartzo nos tamanhos grosso (> 150 µm) e muito grosso (1000 µm) utilizando macrobolhas (D32 = 1200 µm) e NBs recobertas com amina (D32 = 180–220 nm).
Veja o artigo completo na edição 440 de Brasil Mineral