ESG cada vez mais presente nas empresas

25/08/2022
Pauta ESG não deve ser tratada apenas no viés financeiro, mas também nas necessidades sustentáveis do planeta.

 

O primeiro debate do dia 24 de agosto do Congresso Aço Brasil abordou o tema “ESG - Impacto no Valor de Mercado das Empresas” e teve a participação de Rafaella Dortas, responsável por ESG no BTG Pactual; Karla Ohler-Martins, professora da Ruhr Wet University of Applied Sciences; e Carlos Braga, professor de finanças & ESG da Fundação Dom Cabral, com a moderação de Frederico Ayres Lima, Conselheiro do Instituto Aço Brasil e Diretor Presidente da Aperam South America. 

“As mudanças observadas na sociedade nos últimos anos têm impactado cada vez mais o mundo empresarial, o que consequentemente também influencia o setor do aço a gerir mudanças em seus meios organizacionais”, explicou Frederico Ayres Lima. Para o executivo, a pauta ESG não deve ser tratada apenas no viés financeiro, mas também nas necessidades sustentáveis do planeta. “O Brasil precisa ser protagonista na agenda mundial de descarbonização. São necessárias soluções unificadas de todos os setores industriais a fim de revolver questões de vital importância para todo o mundo”, afirmou Frederico. 

O investimento social privado é outra pauta do espectro ESG cada vez mais necessário nas empresas. “Saber trabalhar essas questões de forma adequada possibilita que problemas reais sejam identificados e resultados alcançados”, disse Rafaella Dortas. A executiva do BTG afirmou que é fundamental que as empresas mantenham uma visão objetiva das questões sociais, fugindo ao máximo de vieses subjetivos ou ideológicos. Rafaella acrescentou ainda que na visão do mercado financeiro os conceitos ESG se traduzem em um ambiente de trabalho mais eficiente, com menos custos operacionais e melhores condições de risco para os stakeholders, além de servir como resposta às necessidades de uma nova geração de funcionários cada vez mais engajados em trabalhar em empresas com um olhar responsável com agendas de diversidade. 

Já Karla Ohler-Martins comentou que atualmente profissionais com currículos baseados em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, do acrônimo em inglês) são os mais requisitados em todo o mundo. “Traçando um paralelo com o setor do aço, o ESG pode ser um aliado da indústria siderúrgica nos objetivos ligados à descarbonização”. Para Carlos Braga, professor de Finanças & ESG da Fundação Dom Cabral, a mudança geracional vai impulsionar o ESG. “Os jovens de 20 a 30 anos não serão apenas os futuros investidores e diretores do setor, mas também os consumidores de produtos, matérias-primas e insumos, como o aço”, finalizou. Braga disse também ser possível aliar os fatores de ESG a uma boa rentabilidade empresarial, especialmente quando se entende que boa parte do valor de uma empresa diz respeito a sua imagem e reputação.

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