Bahia investe no reaproveitamento de resíduos

14/03/2023
A CBPM assumiu o compromisso de participar de um plano de governança da gestão de resíduos minerais

 

A mineração baiana tem investido no estudo do aproveitamento dos seus resíduos, que em alguns casos podem ser utilizados na agricultura. A CBPM assumiu o compromisso de participar de um plano de governança da gestão de resíduos minerais que está sendo desenvolvido pelo Governo da Bahia, através de uma comissão formada pela própria CBPM e secretarias de Estado como as de Planejamento e Desenvolvimento Econômico.

O documento será um instrumento para ajudar a criação de uma cadeia produtiva para a mineração colocando a economia baiana num caminho de crescimento, atendendo, ainda, a parâmetros de sustentabilidade ambiental e inclusão social. Para Frederico Bernardez, diretor-presidente da ABREFEN - Associação Brasileira dos Produtores de Remineralizadores de Solo e Fertilizantes Naturais, a Bahia tem grande potencial para expandir a produção e o consumo dos remineralizadores de solo, pois está entre os maiores estados mineradores, com diferentes produtos e potenciais subprodutos. “O Brasil é pioneiro nesta tecnologia e possui os maiores estudiosos neste tema. O uso dos remineralizadores promove a redução de custos tanto para os produtores como para o consumidor final”, explica Frederico Bernardez, diretor-presidente da ABREFEN.

Além do aproveitamento de resíduos, a Bahia recebe importantes investimentos em projetos que visam aumentar a oferta nacional de fertilizantes. A Galvani, por exemplo, prevê investir mais de R$ 600 milhões em projetos no Estado. Serão cerca de R$ 300 milhões em Irecê, R$ 260 milhões em Luís Eduardo Magalhães e mais aproximadamente R$ 50 milhões em projetos na região de Campo Alegre de Lourdes (BA) e Caracol (PI).

Em fevereiro, executivos da Galvani reuniram-se com a diretoria da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que possui os direitos minerários da área localizada em Irecê. Na ocasião, foram debatidos os avanços para a implementação da nova fase do projeto, que, atualmente, está em fase de licenciamento ambiental e desenvolvimento de rota tecnológica. “Nos últimos anos, ficou muito evidente o quanto a dependência de fertilizantes importados, em especial o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) onera e dificulta a produção agrícola brasileira. Precisamos investir na produção desses insumos e também em alternativas a exemplo do uso dos resíduos da mineração que vem se tornado promissor dia após dia”, disse o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm.

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