Morro Verde vai dobrar produção de fosfato

09/08/2022
A jazida de fosfato, que é aflorante, foi descoberta pela empresa e encontra-se no município de Pratápolis (MG).

 

A Morro Verde Fertilizantes, um dos principais produtores brasileiros de fosfato natural, pretende dobrar sua capacidade de produção até 2023, passando das atuais 500 mil toneladas/ano para 1 milhão de toneladas/ano e já trabalha com planos mais ambiciosos a partir de 2025, quando espera alcançar capacidade de 1,5 milhão t. Com isso, o Ebitda da companhia, que em 2022 deverá ser da ordem de R$ 100 milhões, pode evoluir para R$ 300 milhões daqui a três anos. 

O anúncio foi feito por Felipe Holzhacker Alves, presidente do Conselho de Administração da empresa, durante o Forum Brasileiro de Investimentos em Mineração, promovido pela Rede Investmining. Ele informou que a empresa, que faz parte do portfólio da Frontera Minerals, está ampliando sua atuação na área de fertilizantes, com duas unidades de cálcio e magnésio – que iniciaram operação em 2021 – e uma mina de potássio em Minas Gerais, que atualmente encontra-se em fase de comissionamento. Ou seja, “temos três ativos em produção, contribuindo para suprir seis elementos que são essenciais para a agricultura, aportando fósforo, potássio, nitrogênio, cálcio, magnésio e enxofre”. 

A jazida de fosfato, que é aflorante, foi descoberta pela empresa e encontra-se no município de Pratápolis (MG), com localização bastante privilegiada em relação ao mercado consumidor. Segundo o empresário, é a jazida com maior teor de fósforo sendo lavrada hoje no Brasil. 

Sobre a Frontera Minerals

Criada em 2011, a Frontera Minerals, controladora da Morro Verde Fertilizantes, é uma empresa que atua na captação de investimentos para o desenvolvimento de projetos de mineração. Um dos diferenciais da empresa, segundo Felipe Holzhacker, é possuir equipe própria de profissionais qualificados e especializados nas áreas de geologia, engenharia, tramitação de projetos, governança, auditoria, questões ambientais e entendimento do mercado de capitais. 

“O modelo da Frontera é trazer capital, mas com uma equipe que acompanha o projeto desde o início da pesquisa e consegue entender como listar empresas no Canadá, na Austrália, implementar projetos, negociar com bancos, fazer melhorias, desenvolver ativos”, diz o executivo, informando que a Frontera recebe em média 200 prospectos, dos quais muitos são descartados já na primeira análise. Nos últimos 10 anos, a empresa descobriu sete jazidas no Brasil (ouro, grafite, fosfato, potássio, cálcio, magnésio, terras raras) e apenas um dos projetos em que investiu não deu certo.