A curva vem se mantendo ascendente e as perspectivas para a Aura Minerals são muito positivas para 2024. Escolhida pelos leitores de Brasil Mineral como uma das Empresa do Ano do Setor Mineral 2024, na categoria Crescimento – empresa de médio porte, a companhia recebeu 54,1% dos votos em relação às demais concorrentes. O reconhecimento é fruto de uma história que começou por volta de 2017, com a chegada de Rodrigo Barbosa como Presidente e CEO da companhia. Com os planos montados, era hora de iniciar a execução deles. Oito anos depois, tudo o que foi planejado vem sendo executado com excelência: “excelência na gestão junto ao meio ambiente, excelência técnica, excelência com as pessoas, excelência com as comunidades. É muito gratificante ver a companhia recebendo esse prêmio mais uma vez e, como sempre digo internamente, não queremos ser o maior, mas sim o melhor. E a escolha dos leitores confirma que estamos atingindo excelência em todas as áreas e que estamos conseguindo crescer!”, comenta Barbosa.
Segundo o executivo, o crescimento é importante, mas não pode se dar a qualquer custo. Precisa vir amparado em uma série de métricas que a companhia mantém internamente. O plano de crescimento da Aura Minerals começou a ser estruturado em 2018, visando melhorar as operações, aumentar a produtividade das unidades ao máximo possível, desenvolver novos projetos greenfields já existentes dentro da carteira da empresa, crescer os recursos e reservas, de forma a identificar novos corpos próximos às minas e através de M&As (fusões e aquisições).
Tais vertentes foram adotadas também no Brasil, por ocasião do IPO: “vamos crescer através de eficiência na operação, desenvolvimento de projetos greenfields, em recursos e reservas e fazendo aquisições, como foi o caso dos Projetos Borborema e Almas, que se encontra em franca evolução”, diz o CEO. Para atingir a boa performance do primeiro semestre deste ano, a Aura estabilizou e levou suas operações a um maior nível de eficiência, especialmente em Honduras (Aura Minosa), em relação ao ano anterior, onde pequenos investimentos geraram bom retorno em expansão. No Brasil, o Projeto Almas, que estava em ramp up, iniciou sua operação no final de 2023 e, mesmo com os ajustes realizados nos primeiros seis meses de 2024, principalmente quanto à movimentação de mina, já traz bons resultados para a companhia e indica um segundo semestre ainda mais promissor.
Em 2023, a Aura Minerals produziu 236 mil onças e, de janeiro a junho de 2024, essa produção já somava 132,5 mil onças, volume em linha com o cumprimento do Guidance de 2024. Aliás, no segundo trimestre deste ano e analisando os últimos 12 meses de produção acumulada, a Aura Minerals atingiu o melhor resultado de sua história a preços constantes. A expectativa é atingir uma produção igual ou superior a 270 mil onças em 2024. Números que tendem a melhorar no próximo ano, considerando que Borborema se mantém dentro do prazo e orçamento previstos, com ramp up no primeiro trimestre de 2025 (ainda sem teor, só com estéril) e produção comercial estimada para o segundo semestre de 2025. E, para 2026, o Projeto Matupá vem se somar a essa ótima performance com alguma produção.
A companhia mantém em seus planos atingir uma produção anual de 450 mil onças, ainda sem prazo definido – “talvez com a conclusão do Projeto Matupá”, acredita Barbosa. A ideia era iniciar a construção de Matupá no segundo semestre deste ano, mas por uma questão estratégica esse plano foi adiado para o segundo semestre de 2025, tempo necessário para a consolidação dos direitos minerários dessa aquisição e possibilidade de aumentar de forma significativa os recursos e reservas. Barbosa informa que apenas com o Depósito X1, Matupá tem cerca de 300 mil onças de reserva, “volume suficiente para retorno do payback e para os investimentos a serem realizados". Porém, com o alvo Serrinhas, que já pertence à empresa, somado às expectativas que se tem de Pezão e Pé Quente, Matupá tem potencial para chegar talvez a um milhão de onças – “se essa visão de exploração se confirmar, será preciso repensar a engenharia e redesenhar o projeto como um todo”, indica o executivo, garantindo que o plano de 450 mil onças permanece exequível e que o prazo só depende da conclusão de Matupá. Já em cobre, a Aura Minerals estuda hoje o projeto Serra da Estrela, com a opção de fazer a exploração. Três renovações anuais poderão ser feitas à medida que a empresa avançar no projeto: “pagamos US$ 3 milhões e a cada ano poderemos pagar mais US$ 3 milhões, limitados a três anos para ir renovando e fazendo a exploração. A terceira renovação significa que concluímos e adquirimos o projeto por inteiro. As pesquisas realizadas no ano passado confirmaram a continuidade da mineração ao longo de seis quilômetros de strike, numa espessura de mais ou menos 60 metros. Ainda estamos analisando os teores, mas as pesquisas indicam viabilidade econômico-financeira para o projeto, tudo isso ainda de forma preliminar. Não temos um relatório ainda. Foram os seis quilômetros positivos somente em um alvo que levaram a companhia a renovar a opção em junho passado e intensificar os investimentos em exploração para que, ao longo do próximo ano, possamos ter um recurso inferido a ser publicado”, explica Barbosa.
Veja a matéria completa na edição 444 de Brasil Mineral